Mulheres negras em movimento : autoafrobiografias visuais do coletivo afroativos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Moraes, Larisse da Silva
Orientador(a): Kaercher, Gládis Elise Pereira da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/282448
Resumo: A presente dissertação resulta de estudo na linha de pesquisa Educação, Culturas e Humanidades e tem como objetivo investigar quais as estratégias utilizadas pelo coletivo de Educação Antirracista “Afroativos: solte o cabelo, prenda o preconceito” para aproximar mulheres negras de diferentes gerações na transformação do cotidiano escolar. O coletivo localizado no bairro Lomba do Pinheiro, na periferia de Porto Alegre/RS teve origem em minha sala de aula, na EMEF Saint Hilaire, no ano de 2017. As metodologias escolhidas para sistematizar o percurso desta autoetnografia em diálogo com a coautoria negra-periférica têm caráter qualitativo, antirracista e decolonial. A produção de dados valeu-se dos seguintes recursos: reuniões com as coautoras da pesquisa (presenciais, virtuais e formação de grupo no WhatsApp), análise de materiais produzidos pelo coletivo Afroativos, tais como: fotos, vídeos, lives e notícias em mídias diversas. As autoafrobiografias visuais são o resultado de uma combinação de técnicas de análise para dar conta da complexidade do pensamento de mulheres negras. As referências principais deste estudo baseiamse principalmente nos diálogos entre intelectuais negras “[...] da comunidade acadêmica e da vida”, como destaca Maiza Lemos (2022) griote do Coletivo Afroativos. Para dialogar com Dona Maiza Lemos e com Ketllyn Vieira, duas escritoras/poetas integrantes do coletivo Afroativos, destaco: bell hooks (2017, 2019, 2020 e 2021); Lélia Gonzalez (1983, 1988); Minna Salami (2020); Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva (2004 e 2011); Conceição Evaristo (2020); Vilma Piedade (2017); Grada Kilomba (2019) e Janaína Conceição (2023). Os resultados finais indicarão que o fato de haver um coletivo de Educação Antirracista na EMEF Saint Hilaire constituindo um lugar seguro para estudantes negras/os e suas famílias desenvolverem suas potencialidades, não isenta a escola (como extensão da sociedade) de ser racista. Nesse sentido, há uma tensão entre o racismo estrutural e os objetivos do coletivo. No entanto, há um comprometimento da escola com a luta antirracista e com a implementação das Leis 10.639/03 e 11.645/08, contudo ainda há muito a ser feito até a concretização de uma proposta de escola antirracista, de fato.