Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Teixeira, Mariana Caetano |
Orientador(a): |
Schmidt, Veronica |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/118512
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Resumo: |
As leishmanioses são zoonoses de caráter incurável que apresentam diversas manifestações clínicas no homem e tem o cão como seu principal reservatório no ambiente urbano. A Leishmaniose visceral (LV) é a forma mais grave da parasitose e sua ocorrência tem aumentado no Brasil, apesar das ações dos órgãos de saúde pública. Até o do ano de 2002, o Estado do Rio Grande do Sul era área indene para as leishmanioses humana e canina. Em 2003 foi registrado o primeiro caso humano da forma tegumentar e em 2006 e 2008 identificaram-se, respectivamente 3,5% e 30,5% de cães sororreagentes para Leishmania sp. em Porto Alegre/RS. Em 2009, foram confirmados os primeiros casos autóctones humanos de LV e caninos de Leishmaniose visceral canina (LVC) no município de São Borja/RS e registrada, pela primeira vez, a ocorrência do inseto vetor no estado. Em 2010, foi notificado o primeiro caso confirmado de LVC e identificados cães sororreagentes em Porto Alegre/RS. Tendo em vista a importância desta zoonose e as dificuldades de um diagnóstico confiável em cães, o presente estudo objetivou identificar aspectos epidemiológicos da LVC em cães em uma região com registros de casos no município de Porto Alegre/RS. Coletaram-se 300 amostras de sangue de cães desta região as quais foram testas pelos métodos TR-DPP® e ELISA para diagnóstico de Leishmania chagasi. Um questionário epidemiológico foi aplicado durante entrevista com os tutores, contendo aspectos relativos à criação dos animais e fatores ambientais. Na área de estudo, observou-se presença frequente de lixo não acondicionado e saneamento básico precário nas moradias, além de extensas áreas de mata verde e pequenos sítios alternados com áreas urbanizadas. Verificou-se que 83% (250/300) dos cães não tinham raça definida, 58% (175/300) eram fêmeas, 78% (238/300) dormiam ao ar livre e 61% (183/300) conviviam com outras espécies animais. Clinicamente, observou-se que 90% (270/300) dos animais apresentavam infestação por ectoparasitos, 70% (210/300) apresentavam alterações dermatológicas, 24% (72/300) emagrecimento e anorexia e 22% (65/300) alterações oculares. Os resultados dos testes sorológicos foram 100% concordantes uma vez que as mesmas três amostras (1%) apresentaram reação positiva e as demais 297 (99%) foram negativas em ambos os métodos diagnósticos. Concluiu-se que, apesar da baixa prevalência de cães soropositivos para L. chagasi, existem condições de transmissão de LVC, com risco de LV para a população humana no município de Porto Alegre. |