ELISA plasmônica na detecção de anticorpos IgG anti-leishmania sp.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Maciel, Marilene Oliveira dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182290
Resumo: O cão tem sido alvo do controle da Leishmaniose Visceral (LV), pois são reservatórios potenciais de Leishmania infantum e desempenham um papel fundamental na cadeia epidemiológica da doença no homem. Portanto, o diagnóstico da leishmaniose canina (Lcan) no Brasil tem sido um desafio para os órgãos de controle de endemias, uma vez que apresentam limitações quanto à sensibilidade e especificidade em áreas endêmicas. Nesta perspectiva a presente pesquisa objetivou desenvolver e validar um ELISA plasmônica indireto rK28 (pELISA) para o diagnóstica da Lcan. Para o desenvolvimento do pELISA, foram realizados diferentes ensaios de otimização, determinação das concentrações ideais de peróxido de hidrogênio, íons ouro, anticorpo IgG anti-dog biotinilado e também do soro. Para a validação do ensaio, 170 amostras de soro de cães de área endêmica para Lcan e 26 amostras de cães saudáveis de área não endêmica para a doença foram testadas pelo pELISA e comparadas com ELISA indireto rk28 e com o teste imunocromatográfico (Dual Path Platform, TR_DPP®) usando como teste padrão-ouro o qPCR em amostras de sangue e/ou swab de subconjuntival. O ensaio foi padronizado com as concentrações de 250 μM de peróxido de hidrogênio, 0,30 mM de íons ouro e a melhor diluição do conjugado de estreptavidina-catalase foi de 1/50. O TR_DPP®, ELISA indireto rK28 e pELISA apresentaram sensibilidade de 79,0%, 89,5% e 94,7% e especificidade de 90,1%, 91,4% e 100,0%, respectivamente. Os maiores valores preditivos positivos (100,0%), negativos (99,3%) e de precisão (99,4%) foram observados no pELISA. O coeficiente Kappa entre o pELISA e a qPCR mostrou excelente concordância (0,970), diferentemente do ELISA indireto rK28 e do TR_DPP®, que mostraram um boa concordância (0,645 e 0,551, respectivamente). O resultados revelaram que o pELISA melhorou a sensibilidade e apresentou alta especificidade em relação ao método oficial recomendado pelo Ministério da Saúde no Brasil e pode aumentar a praticidade do diagnóstico em países com recursos limitados, pois não requer instrumentos sofisticados para leitura, sugerindo que este método pode ser usado como uma ferramenta adicional para o diagnóstico de Lcan nessas áreas.