Momento de administração da cafeína em recém-nascidos prematuros : revisão sistemática e metanálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Trindade, Gabriela Schöler
Orientador(a): Silveira, Rita de Cássia dos Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/273654
Resumo: Introdução: A cafeína é usada na neonatologia há cerca de 50 anos para tratamento da apneia do prematuro. Vários estudos comprovaram o seu efeito positivo na ventilação e na redução de comorbidades associadas à prematuridade. A sua administração tem sido antecipada após a identificação de maiores benefícios quando usada precocemente. Contudo, a definição do melhor momento de administração ainda não é um consenso. Objetivo: Avaliar o momento ideal para a administração da cafeína em recém-nascidos pré-termo, identificando os seus efeitos e a sua segurança. Métodos: Revisão sistemática e metanálise para avaliar o melhor momento da administração da cafeína com buscas realizadas no PubMed, Embase, Cochrane Library (CENTRAL) e Clinical Trials. A pesquisa foi limitada até 07 de agosto de 2023. Dois pesquisadores independentes avaliaram os estudos quanto aos critérios de elegibilidade. Foram excluídos estudos in vitro ou em modelo animal. A revisão sistemática foi conduzida segundo a Colaboração Cochrane, e a metanálise conforme as diretrizes PRISMA. Resultados: Foram identificados um total de 452 artigos, sendo removidas 100 duplicatas. Foram removidos na triagem inicial 309 artigos, resultando em 49 artigos revisados detalhadamente conforme critérios previamente estabelecidos. Um total de 18 estudos, somando 76.998 pacientes, preencheram os critérios de elegibilidade. Os estudos foram divididos por subgrupos conforme momento de administração. Na administração da cafeína em termos de comparações gerais houve redução da retinopatia da prematuridade 0.71 [0.54, 0.93]), da necessidade de tratamento de persistência de canal arterial (OR 0.71 [0.55, 0.92]), de displasia broncopulmonar (OR 0.69 [0.59, 0.81]), do desfecho composto de displasia broncopulmonar ou óbito (OR 0.76 [0.66, 0.88]) e do tempo de ventilação mecânica invasiva (MD -4.95 [-6.89, -3.02]). Para o desfecho lesão cerebral grave foi encontrada diferença com administração de cafeína com 72 horas de vida (hv) (OR 0.67 [0.62, 0.74]) e 48hv (0.86 [0.79, 0.94]). Conclusão: O uso da cafeína tão precoce quanto 24 hv parece trazer inúmeros benefícios na redução da incidência de várias morbidades associadas aos pacientes prematuros. Nas comparações gerais, houve impacto na retinopatia da prematuridade, persistência de canal arterial, displasia broncopulmonar, displasia broncopulmonar ou óbito e tempo de ventilação mecânica invasiva, sendo que a maioria dos estudos iniciou cafeína tão precoce quanto mediana de 1 dia de vida.