Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Silva, Camila Scherdien da |
Orientador(a): |
Rocha-de-Oliveira, Sidinei |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/171372
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Resumo: |
O ensino superior brasileiro se configura, historicamente, como um espaço de formação elitista e excludente, destinado às classes dominantes. No entanto, esse cenário tem se alterado ao longo dos últimos 20 anos, a partir do processo de expansão e diversificação do acesso ao ensino superior, o qual possibilitou o ingresso de grupos antes pouco expressivos, por meio de políticas públicas como o Programa Universidade para Todos – Prouni. Frente a esse contexto de expansão no acesso ao ensino superior do país, essa pesquisa visa compreender como a origem social influencia o acesso, permanência e conclusão do ensino superior, assim como a posterior inserção profissional dos jovens egressos do Prouni, no momento em que essa se configura como uma política pública baseada em critérios de seleção socioeconômicos. A fim de compreender o peso da origem social no processo de formação e ingresso no mercado de trabalho, adotou-se o olhar da sociologia disposicionalista, suportado teórica e metodologicamente em autores como Bernard Lahire, Pierre Bourdieu e Jessé Souza. Para isso, foram realizadas entrevistas em profundidade com cinco egressos do Prouni – oriundos dos cursos de Direito e Administração de duas das melhores instituições de ensino privado do Rio Grande do Sul – as quais foram organizadas e apresentadas no formato de retratos sociológicos (LAHIRE, 2004). A partir da construção dos retratos, foram identificadas as disposições incorporadas ao longo da trajetória de cada um dos jovens, sendo analisadas a partir de suas ocorrências intra e interindividuais. Por meio das disposições compartilhadas, ou interindividuais, foi possível caracterizar os jovens egressos do Prouni como pertencentes a nova classe trabalhadora (SOUZA, 2010). Além disso, as diferenças nas disposições à nível individual permitiram identificar diferentes estratos dentro da nova classe trabalhadora, o que contradiz a ideia de um modo de conduta homogêneo entre aqueles pertencentes a uma mesma classe social. Percebeu-se que a identificação do sistema disposicional incorporado pelos indivíduos e a análise de sua influência ao longo da trajetória individual e coletiva dos egressos do Prouni contribuiu para desvelar o peso e influência da estrutura social sob a ação individual. Tal abordagem contribuiu para ressaltar as desigualdades existentes ao longo do processo de formação e inserção profissional, auxiliando no combate ao discurso meritocrático de responsabilização individual. Por fim, percebe-se no instrumento analítico de identificação das disposições um promissor caminho para aprofundar os estudos acerca da formação e inserção profissional no país e compreender as particularidades dos diferentes grupos de jovens que acessam o ensino superior, levando em conta suas trajetórias, que podem ser mais ou menos limitadas, a partir da origem de classe. |