Os sentidos do trabalho informal no contexto da pandemia da COVID-19: uma análise disposicional de narrativas de mulheres

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Siqueira, Gabriela Pecantet
Orientador(a): Almeida, Marilis Lemos de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Departamento: Instituto de Filosofia, Sociologia e Política
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9098
Resumo: Esta dissertação discute os sentidos do trabalho a partir da perspectiva da centralidade da categoria trabalho e do entendimento de que determinadas disposições, incorporadas e ativadas em contextos plurais, constituem referências significativas na construção dos sentidos atribuídos ao trabalho informal. O objetivo geral foi compreender os efeitos da pandemia da COVID-19 nos sentidos atribuídos ao trabalho informal por mulheres na cidade de Pelotas/RS. O caminho metodológico envolveu a realização de entrevistas narrativas com 11 trabalhadoras, de agosto a dezembro de 2021 e conversas informais estabelecidas com uma interlocutora, todas em formato virtual. Em relação à experiência do trabalho informal, as entrevistadas apontaram aspectos negativos e positivos, os rendimentos obtidos e o status de permanência nestes trabalhos. Com a análise disposicional das narrativas foi possível identificar que as diferentes disposições incorporadas em experiências passadas – nos contextos escolar, familiar e laboral – influenciaram na construção dos sentidos do trabalho. Considerando os efeitos da pandemia da COVID-19, os resultados apontaram para três distintas situações: as que não apresentaram mudanças, pois já atuavam na informalidade e o contexto de crise sanitária não foi um fator interveniente decisivo; as que tiveram um reforço do sentido do trabalho, visto que para algumas interlocutoras intensificou-se a necessidade de manterem-se ativas ou obterem novos aprendizados; e aquelas em que houve alteração do sentido, quando o trabalho informal passou a ser visto como uma forma de complementar a renda, a ser considerado enquanto provisório ou como meio relevante de subsistência.