Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Klafke, Mariana Figueiró |
Orientador(a): |
Araújo, Homero José Vizeu |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/143093
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Resumo: |
Esta dissertação tem como tema central os musicais Arena conta Zumbi (1965) e Arena conta Tiradentes (1967) e se propõe a investigar como o Teatro de Arena lidou com a conjuntura pós-golpe. Ambas as peças são encenadas entre o golpe e o AI-5, correspondendo a um período de tentativa de resistência a uma nova conjuntura repressiva que estancou um projeto modernizante e democrático que teve importância no imaginário do grupo. O Teatro de Arena teve grande importância na história do teatro brasileiro dos anos 1950 e 1960, encenando peças que apresentaram questões sociais e políticas nos palcos, e a ditadura civilmilitar trouxe a necessidade de reformulação do trabalho do grupo. Para analisar as peças, construímos um trajeto que passa pela contextualização histórica e cultural do período em questão e traçamos uma série de articulações teóricas que iluminam as relações entre teatro e política e os debates estéticos com os quais o Arena vinha dialogando, nacional e internacionalmente. Propusemos também uma leitura contrastiva com a peça O rei da vela, encenada pelo Teatro Oficina em 1967, e com os filmes O Desafio (1965), de Paulo Cesar Saraceni, e Terra em Transe (1967), de Glauber Rocha. Procuramos discutir os dilemas estéticos e ideológicos que o Arena enfrenta ao ter que lidar com a ideia de criticar uma movimentação revolucionária malograda sem, no entanto, descartar a ideia de revolução. Ao criar o Sistema Coringa, que articula teorias díspares como as de Stanislavski e Brecht, Augusto Boal e o Teatro de Arena apresentam problemas interessantes que esclarecem sua leitura sobre o período e demonstram uma trajetória importante de acúmulo de debate no teatro nacional. |