Debates sobre teatro e sociedade após o golpe de 1964: reflexão e trabalho teatral de José Celso Martinez Corrêa e Augusto Boal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Toledo, Paulo Vinicius Bio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27156/tde-17072018-170648/
Resumo: Augusto Boal e José Celso Martinez Corrêa foram artistas que protagonizaram momentos de singular importância na história do teatro brasileiro nas décadas de 1960 e 1970. Apesar da significativa diferença no trabalho artístico entre os dois, eles transitam por categorias semelhantes e decisivas para aquela geração que deu novos rumos para a modernização do teatro no Brasil. Com este trabalho, buscou-se acompanhar as formulações estéticas e políticas dos dois diretores após o golpe civil-militar de 1964. Tomou-se como base a discussão sobre a fratura histórica ocasionada pela ditadura no campo da arte engajada e os impasses decorridos dela. A partir daí, a tese analisa alguns espetáculos, o tipo de trabalho criativo e principalmente o material teórico e reflexivo produzido por Boal e Zé Celso a partir de 1967, quando ambos iniciam um processo de reavaliação sobre as tentativas de resistência no campo de teatro político. A proposta foi de tentar compreender a linha de pensamento que leva-os até as formulações vanguardistas do começo da década de 1970, os caminhos de resistência e enfrentamento sugeridos por eles e, fundamentalmente, o tipo de travamento histórico que suas posições sofreram no Brasil. Por fim, o trabalho apresenta uma pesquisa sobre os anos de exílio de ambos, quando tiveram a chance de trabalhar em ambientes marcados por forte agitação social fora do país. Foi no exílio que as formulações de Boal e de Zé Celso ganharam novos sentidos críticos que, por sua vez, proporcionaram um ângulo diverso para compreender o trabalho realizado no Brasil entre 1964 e o começo da década de 1970.