Mediadores da relação entre o gene FTO e a doença renal do diabetes melito : análise de caminhos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Marchetti, Julia
Orientador(a): Steemburgo, Thais
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
FTO
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/212606
Resumo: Objetivo: Investigar quais e de que maneira (direta ou indiretamente) variáveis clinicas e metabólicas mediam a associação entre o gene Fat Mass and Obesity – Associated (FTO) e a doença renal crônica (DRC) precoce em pacientes com diabetes tipo 2. Métodos: Estudo transversal conduzido com 236 pacientes com diabetes tipo 2 (53.4% mulheres, com idade média de 60 ± 10 anos). Amostras de DNA foram genotipadas para o polimorfismo rs7204609 (C/T) do gene FTO. Dados clínicos, antropométricos e metabólicos foram coletados. Análise de caminhos foi utilizada para avaliar associações. Os programas SPSS 23.0 e MPlus 5.0 foram utilizados para análises estatísticas. Resultados: A presença do alelo de risco (C) foi mais frequente entre os pacientes com DRC (21.8% vs. 10.8%; P = 0.023). Esse polimorfismo foi positivamente associado com a obesidade central (P < 0.001), que por sua vez foi associada com o mau controle glicêmico (P = 0.004) e hipertensão arterial (P < 0.001). Hipertensão arterial foi associada a alta excreção urinária de albumina (P = 0.004) e, conforme esperado, a alta excreção urinária de albumina foi associada a DRC (P < 0.001). A análise de caminhos demonstrou uma relação indireta entre o gene FTO e a DRC precoce, mediada pela obesidade central, hipertensão arterial e alta excreção urinária de albumina (P = 0.045). Todas as análises foram ajustadas para idade e sexo. Conclusão: A presença do alelo de risco C contribui para a suscetibilidade genética á DRC em pacientes com diabetes tipo 2, especialmente na presença de obesidade central, hipertensão arterial e elevada albuminúria.