Comparação das características clínicas e laboratoriais entre pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 2 há mais de 20 anos, com ou sem nefropatia diabética

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Albuquerque, Marcelo Nonato Cavalcanti de [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5765376
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50614
Resumo: Introdução: A nefropatia diabética é a causa mais comum de doença renal crônica (DRC) em estágio terminal nos EUA e na Europa e sua incidência e prevalência continuam a subir, levando a um grande custo humano e econômico. Aproximadamente, 40% das pessoas com diabetes desenvolvem nefropatia diabética, que se manifesta como albuminúria e / ou diminuição da taxa de filtração glomerular (TFG). Objetivo: Avaliar em um centro de referência universitário a prevalência de nefropatia diabética em pacientes portadores de diabetes tipo 2 com mais de 20 anos de doença e comparar as características clínicas e laboratoriais dos portadores e não portadores de nefropatia diabética. Descrever clínica e laboratorialmente o grupo de pacientes que apresentam TFGe< 60 mL/min/1,73m2 sem microalbuminúria. Comparar dados clínicos e laboratoriais dos seguintes grupos de portadores de nefropatia diabética:1- TFGe <60 ml/min/1,73m2 e presença de micro ou macroalbuminúria; 2- TFGe<60 ml/min/1,73m2 sem micro ou macroalbuminúria; 3- TFGe ≥60 ml/min/1,73m2 e com micro ou macroalbuminúria. Metodologia:Realizado estudo transversal envolvendo pacientes portadores de DM2 com mais de 20 anos do diagnóstico da doença companhados no Centro de diabetes da disciplina de Endocrinologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Resultados: Foi encontrada uma prevalência de 64% de portadores de nefropatia diabética e classificação de albuminúria nos estágios A1, A2 e A3 de 52,1%, 26,8% e 21,1%, respectivamente. Os portadores de nefropatia diabética apresentaram uma prevalência maior de retinopatia diabética, acidente vascular cerebral, hipotireoidismo e hiperuricemia, um menor uso de estatinas, uma maior prevalência no uso de insulina, maiores níveis de PAS, PAD, colesterol total, triglicerídios e hemoglobina glicada quando comparados aos não portadores. Na análise multivariada por regressão logística múltipla, idade, sexo, tempo de diagnóstico, história prévia de AVC, hipotireoidismo, retinopatia diabética, PAD, circunferência do quadril, níveis de colesterol total, triglicerídios e hemoglobina mostraram associação significante com a presença da nefropatia diabética. O grupo com TFG <60mL/min/1.73m2 e albuminúria no estágio 2 e 3 apresentou maior prevalência de retinopatia diabética, AVC e uso de insulina. Esse grupo de pacientes também apresentou maiores níveis de PAS, PAD, Hb1Ac e ácido úrico sérico. Pacientes com TFGe <60 ml/min/1,73m2 sem microalbiminúria foi encontrado em 25% dos portadores de nefropatia diabética e esse grupo é formado por 87% de pacientes do sexo feminino. Conclusão: Uma elevada prevalência de nefropatia diabética foi encontrada em portadores de DM2 com mais de 20 anos do diagnóstico. Diferenças clínicas e laboratoriais foram encontradas entre os grupos