Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Salomão, Ivan Colangelo |
Orientador(a): |
Fonseca, Pedro Cezar Dutra |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/25779
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Resumo: |
A crise de legitimidade que permeou o mandato do presidente José Sarney deveu-se a fatores fundamentalmente políticos, em especial, à associação direta de seu nome com o desprestigiado regime militar. Abandonado pelas lideranças políticas e rechaçado pela sociedade civil, o governo da Nova República encontrou na adoção de medidas econômicas de ampla repercussão popular o meio de se legitimar. A inflação e o estrangulamento externo compunham os dois principais entraves ao desenvolvimento da economia brasileira na década de 1980. Na tentativa de conter a crescente elevação dos preços, lançou-se, em 1986, o Plano Cruzado, cujos resultados imediatos conferiram a mais alta popularidade já ostentada por um chefe do Executivo brasileiro. À medida que o plano sucumbia, o governo passou, então, a utilizar-se do tom nacionalista conferido à questão da dívida externa para granjear o apoio político que sempre lhe faltou. Este trabalho visa a contribuir para o entendimento dos motivos que levaram o governo Sarney, em fevereiro de 1987, a decretar a moratória da dívida brasileira. A argumentação desenvolvida sustenta a hipótese de que esta decisão, a despeito da base técnica em que se calcou, respondeu primordialmente a imperiosidades políticas, em especial, à necessidade de o presidente Sarney legitimar-se perante a sociedade brasileira. |