Mas afinal, por que a sífilis cresce? : etnografia de uma epidemia reemergente no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Zanella, Eduardo Doering
Orientador(a): Rohden, Fabiola
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/257984
Resumo: Essa tese de doutorado investiga o processo de reemergência da epidemia de sífilis no Brasil, fenômeno assim compreendido desde ao menos o ano de 2015. Trata-se de uma pesquisa orientada pelas propostas teórico-metodológicas de estudos empíricos sobre sistemas de classificações e categorias, um desdobramento do campo de Estudos Sociais em Ciência e da Tecnologia. Objetivo descrever o processo de classificação e de dimensionamento da sífilis como epidemia no Brasil. Para isso, essa pesquisa detém-se na investigação etnográfica de sistemas de vigilância em saúde e produção de dados epidemiológicos, conduzida por meio de pesquisa documental e de entrevistas. Com relação aos temas e tópicos abordados, essa tese de doutorado explora os efeitos do desabastecimento de penicilina sobre as formas de entender e de intervir sobre sífilis no Brasil, os processos pelos quais os dados epidemiológicos da doença foram compreendidos como reais (estudo conduzido em comparação com o sistema de vigilância português); bem como as formas de interpelar o seu crescimento, desenvolvidas em comparações com o caso da AIDS. Demonstro que a reemergência da epidemia de sífilis no Brasil tornou-se visível por meio da ação de indicadores em saúde e argumento que a descrição desse processo exige a reconstituição dos contextos específicos em que esses instrumentos são agenciados.