Avaliação do acolhimento no serviço de emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre na perspectiva da pessoa idosa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Gonçalves, Ana Valéria Furquim
Orientador(a): Paskulin, Lisiane Manganelli Girardi
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/40143
Resumo: Este estudo teve como objetivo avaliar o acolhimento à pessoa idosa no Serviço de Emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Este tema configura-se um desafio diante do atendimento de urgência e emergência destacando: a superlotação, a fragmentação do trabalho, a exclusão dos usuários, o aumento do numero de idosos e portadores de danos crônicos que utilizam os serviços, entre outros. Independente dessas adversidades, práticas de acolhimento vêm sendo implementadas, à luz dos referenciais da Política Nacional de Humanização. Identificar como os idosos avaliam o atendimento torna-se relevante para fins de (re) organização dos processos de trabalho. Foi realizada uma pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso com 30 idosos. As informações foram coletadas em 2010 por meio de entrevista semiestruturada e analisadas por meio de análise de conteúdo temática. Os idosos possuíam entre 60 e 89 anos, sendo 18 homens e 12 mulheres, e a maioria procedente da cidade de Porto Alegre. Foram constituídas cinco categorias: (1) Motivo pela procura, (2) Acolhimento na classificação de risco, (3) Acolhimento nas demais áreas, (4) Escuta e (5) Resolutividade. O motivo mais frequente de procura da emergência está relacionado ao vínculo entre usuário e serviço. Quanto ao acolhimento na classificação de risco, os idosos destacaram o trabalho técnico do enfermeiro, a espera prolongada para consulta nos casos de menor gravidade, a qualificação da orientação quanto à continuidade do atendimento e da presença de acompanhante, e necessidades não atendidas durante a espera por atendimento. Os idosos classificados como graves fizeram uma melhor avaliação do atendimento, quando comparada àquela realizada pelos idosos classificados como alto risco e risco intermediário no que tange à ambiência, habilidade técnica dos trabalhadores, atendimento de necessidades básicas e escuta. A maioria dos idosos considerou o seu problema de saúde resolvido na emergência, numa perspectiva clínica. O estudo suscitou discussão referente às práticas de acolhimento nos serviços de emergência, apontou possíveis intervenções para reorganização do processo de trabalho e qualificação assistencial baseada nas expectativas e necessidades apontadas pelos idosos.