Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Day, Carolina Baltar |
Orientador(a): |
Witt, Regina Rigatto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/76779
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Resumo: |
O estudo teve como objetivo geral analisar um mecanismo de contrarreferência implantado entre o serviço de emergência (SE) de um hospital universitário e as Estratégias de Saúde da Família (ESFs) de uma gerência distrital do município de Porto Alegre. Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratória de caráter qualitativo. Os dados foram coletados a partir de entrevistas semidirigidas com 14 profissionais que se envolveram no mecanismo proposto. Destes, metade pertencia ao SE e a outra metade às ESFs. Para tratamento dos resultados foi utilizada a técnica de análise temática. Foram estabelecidas cinco categorias: “Uma reorganização para podermos manter o sistema de saúde funcionando”- a organização dos serviços para operacionalizar a contrarreferência; “A base de tudo é a comunicação e nós podemos estar aprimorando isso” - a comunicação no processo de contrarreferência; “Somar os conhecimentos, trocar experiências e decidir conjuntamente” - a organização do trabalho e o estabelecimento das relações profissionais; “Ver que tem uma rede que se pode estar integrando com o atendimento” - a integração entre os serviços de saúde; “Saber o que aconteceu é valorizar o usuário” - continuidade da atenção como desfecho da contrarreferência. Os resultados evidenciaram que os profissionais realizaram a contrarreferência como previsto no projeto proposto. O SE envolveu diretamente os residentes da Residência Integrada Multiprofissional em Saúde, exigindo a reorganização de suas atividades diárias. Já na ESF, foram envolvidos os trabalhadores do serviço, o que gerou uma priorização dos casos contrarreferenciados. Os profissionais enfrentaram dificuldades como a falta de estrutura física e material nas ESF, a desatualização do cadastro de endereço dos usuários, e também as lacunas de cobertura das ESFs. Houve complementaridade na troca de informações e também entre a comunicação falada e escrita. A discussão em equipe e avaliação dos casos em duplas favoreceu a integralidade no desenvolvimento destas ações na SE. Na ESF, as demandas da contrarreferência que já constituíam atividades programadas e suas relações mantiveram-se baseadas no trabalho em equipe. Os resultados evidenciaram que os profissionais percebem a contrarreferência como uma forma de integração, que permite conhecer o funcionamento de outros serviços e oportunizar a continuidade da atenção. Para eles, esta assistência contínua pode contribuir para redução da superlotação das emergências e gera desafios a serem vencidos como a baixa credibilidade nos serviços de atenção primária e também o fortalecimento do vínculo com os usuários. Conclui-se que este é um mecanismo que apresenta potencialidade para ser ampliado e que gera benefícios para ambos os serviços, e principalmente para os usuários, pois permite a integração de informações para oferecer adequada assistência em qualquer ponto da rede de atenção. |