Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Krummenauer, Wilson Leandro |
Orientador(a): |
Wannmacher, Clovis Milton Duval |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/147881
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Resumo: |
Lecionar Física para turmas da Educação de Jovens e Adultos – EJA – é um grande desafio, trabalhar com alunos de diferentes idades e de diferentes experiências de vida no mesmo ambiente, torna-se um obstáculo difícil de ser superado com esta modalidade de ensino. Esta pesquisa destina-se a identificar as causas do desinteresse pela Física em turmas da EJA, a partir de uma investigação em diferentes escolas do Vale do Rio dos Sinos. Aplicamos um questionário estruturado a alunos e professores de Física que atuam na EJA, em ambos os casos utilizamos a metodologia da Análise Textual Discursiva (ATD) como ferramenta para análise de dados. Nossa pesquisa está dividida em três artigos, o primeiro foi elaborado com base na análise do questionário aplicado aos discentes. Os resultados indicam uma diversidade de fatores que levam o aluno a não gostar de Física, dentre os quais destacamos a não realização de atividades experimentais por parte dos professores e a ocorrência da matematização da Física em detrimento de uma análise mais profunda do fenômeno estudado (mais contextualizada). O segundo artigo teve como principal objetivo identificar a percepção que os professores têm acerca do interesse dos alunos nas aulas de Física, a coleta de dados ocorreu através da aplicação de um questionário estruturado aplicado aos professores Os resultados indicam que 69% dos professores percebem os alunos desmotivados e sem interesse pelas aulas de Física. A maioria dos pesquisados admite utilizar a mesma metodologia empregada nas aulas do ensino regular nas aulas da EJA, bem como utilizam os mesmos instrumentos de avaliação. Aqueles que consideram o aluno desinteressado atribuem o desinteresse ao cansaço e à falta de base matemática, já os que consideram o aluno interessado atribuem o interesse às aulas contextualizadas e atrativas. No terceiro artigo descrevemos proposições metodológicas, fundamentadas na Teoria da Aprendizagem Significativa de David Ausubel, que conseguiram reduzir a evasão e elevaram a assiduidade e participação nas aulas de Física na EJA, propostas que superaram as dificuldades característica desta modalidade e também superaram as limitações físicas das estruturas das escolas. Por fim, concluímos que as causas do fracasso do ensino de Física na EJA são diversificadas, devem-se, sobretudo, à postura do professor que repete a mesma metodologia no ensino regular e na EJA, à forma pouco contextualizada de como o conteúdo é apresentado, à não realização de experimentos, à má formação do professor e à matematização demasiada da Física, tornando uma ciência de aplicação de fórmulas. |