Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Silva, Fabiane da Costa e |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/33521
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Resumo: |
Por mais que consideremos o tempo essencial para a vida e basilar para as relações humanas, costumamos tê-lo como algo dado, não o problematizamos. Orientamo-nos conforme o relógio e os calendários, mas nem sempre paramos para pensar como orientamos nossas ações no tempo, ou seja, quais temporalidades conformamos. Um dos propósitos desta tese é justamente problematizar possíveis significados do agir humano no tempo. Para tanto, apresenta-se dois tipos de tempo, o tempo do capital e o tempo histórico. As diversas temporalidades transitam entre um extremo e outro. Um outro intuito desta tese é realizar o esforço de compreender como diferentes temporalidades se fazem presentes na educação de jovens e adultos e como elas impactam as relações de ensino e aprendizagem na modalidade. Para isso, foi realizado um estudo de caso com estudantes e servidores(as) do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos no Campus Engenho Novo II do Colégio Pedro II. A EJA é considerada um campo propício para estudar diferentes temporalidades na educação por acolher pessoas que, ao terem suas trajetórias escolares interrompidas, retornam à escola com a expectativa, não de reaver o tempo perdido, mas de obterem melhores oportunidades e condições de vida, às vezes para si, às vezes para sua família, às vezes para a sociedade de maneira geral. Por sua vez, os(as) servidores(as) que atuam na modalidade podem perceber nela uma forma de contribuírem para que as expectativas dos(as) estudantes se efetivem ou uma forma de atuação inerte, pois o esforço envolvido não implicará mudanças no status quo. De qualquer forma, os(as) participantes do Proeja devem balancear seus tempos entre as demandas do relógio e o esperançar. Para captar esses diferentes movimentos no tempo, foram realizadas entrevistas com estudantes e servidores(as) que versaram sobre suas trajetórias de vida, em especial, os períodos que a escola se fez presente e os fatos que os(as) mantiveram longe dela. As experiências compartilhadas foram analisadas através da análise crítica do discurso, com o objetivo de identificar quais e como diferentes temporalidades concorrem no Proeja. Embora a temporalidade capitalista se faça presente e contribua para organização do espaço tempo da escola, o esperançar só é possível quando o agir no espaço tempo da escola é permeado pela temporalidade histórica. |