Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Salmi, Frederico |
Orientador(a): |
Fleury, Lorena Cândido |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/239845
|
Resumo: |
Este trabalho investiga os princípios ontoéticos e as práticas morais socioecológicas no contexto climático brasileiro. A construção do marco teórico está ancorada em três campos que articulam questões éticas à discussão climática como questão sociológica: ética convivialista (CAILLÉ; VANDENBERGHE; VÉRAN, 2016; INTERNACIONAL CONVIVIALISTA, 2020), ética socioambiental (FLORIT; SAMPAIO; PHILIPPI JR, 2019) e ética climática (GARDINER et al., 2010; HEATH, 2016; GARDINER, 2017). O objeto empírico são vinte e dois instrumentos climáticos formulados no Brasil entre janeiro de 2019 e março de 2021. As questões que conduzem este trabalho são: Quais princípios ontoéticos socioclimáticos orientam os recentes instrumentos climáticos brasileiros? E como as práticas socioecológicas associadas a tais princípios passam a emergir e coexistir, de modo hibridizado entre consensos e tensões, nestes instrumentos climáticos? As seguintes categorias analíticas são mobilizadas: planejamento decisório, localidade energética, acessibilidade epistêmica e material, naturalidade planejada, benefício geracional, bem comum e desenvolvimento. Entre os agentes morais climáticos - ou formuladores das iniciativas e das políticas climáticas – identificados estão aglomerados de diversos tamanhos compostos por agentes do Estado - nas esferas federal e estadual –, das corporações do Mercado, das Organizações da Sociedade Civil e outros arranjos. Entre as ontologias de cunho ético-político analisadas destacam-se duas: compostas por princípios antropocêntricos e ecocêntricos. As práticas morais socioecológicas são observáveis em diferentes níveis por meio das cinco categorias. A partir dos resultados, este trabalho demonstra as práticas morais que possibilitam a construção desses instrumentos climáticos mediados por diferentes graus de tensão, entre consensos e dissensos, por certos tipos de aglomerados, e como se dão as disputas de alguns horizontes utópicos, de caráter normativo, desempenhadas pelos diferentes agentes morais climáticos – pautados por diferentes princípios éticos – nas arenas políticas brasileiras. Por fim, este trabalho busca contribuir para o campo da sociologia da questão climática tanto teórica - ao ampliar as possibilidades teóricas-epistemológicas do campo da ética climática na perspectiva sociológica - tanto teórica quanto normativamente - ao produzir abordagens metodológicas e categorias analíticas para futuros usos nos processos de formulação de iniciativas e políticas climáticas a partir do contexto brasileiro. |