Farelo de soja como alternativa proteica na dieta de matrinxã (Brycon amazonicus)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Fossati, Ana Amélia Nunes
Orientador(a): Streit Júnior, Danilo Pedro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/201304
Resumo: O Brasil é um dos países que mais cresce em produção de pescado cultivado no mundo, destacando-se pelo aumento na produção de peixes nativos, como o tambaqui, pacu, matrinxã, entre outros. Embora esta produção esteja crescendo, a formulação de dietas ainda está baseada na utilização de farinha de pescado como principal fonte proteica, o que é muito negativo do ponto de vista ecológico. Por este motivo, fontes proteicas alternativas de origem vegetal vem sendo estudas para tentar suprir essa necessidade na alimentação de peixes. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos de três dietas: SBM (100% de farelo de soja como proteína na dieta), SBM/FM (50% de farelo de soja e 50% de farinha de peixe como proteína) e FM (100% de farinha de peixe como proteína) no crescimento muscular, nos parâmetros de crescimento, composição dos filés e histopatologia do fígado e intestino em matrinxãs juvenis. O tratamento FM apresentou os maiores valores de peso corporal e de filés nos animais. Enquanto o tratamento SBM apresentou maior comprimento de sarcômero e maior número de fibras por área, os demais parâmetros musculares não apresentaram diferenças estatísticas entre os tratamentos. O peso final, ganho de peso e ganho em peso diário diminuíram conforme a substituição proteica aumentava. Já para crescimento específico, conversão alimentar aparente e eficiência proteica, os tratamentos SBM/FM e FM obtiveram resultados similares. O tratamento SBM apresentou maiores valores de ácidos graxos poli-insaturados e ômega-6 nos filés enquanto o tratamento FM apresentou maiores valores de DHA e ômega-3. A maioria das análises histológicas de fígado e intestino apresentaram estruturas morfológicas normais, apenas com o aparecimento de algumas alterações como aumento de vacúolos e aumentos dos sinusóides entre os hepatócitos no tratamento SBM nos fígados analisados, e encurtamento de vilosidades no tratamento SBM em comparação com os outros tratamentos nos intestinos analisados. Em conclusão, observou-se que a substituição parcial SBM/FM pode obter valores similares ao tratamento FM quanto à vários dos parâmetros analisados, sendo uma alternativa promissora após maiores estudos.