A construção narrativa do biógrafo e do biografado em Roberto Carlos em detalhes e O réu e o rei

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Mugnol, Babiana
Orientador(a): Golin, Cida
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/180551
Resumo: Esta dissertação busca investigar a construção narrativa do biógrafo e do biografado nos livros Roberto Carlos em detalhes e O réu e o rei: minha história com Roberto Carlos, em detalhes. A pesquisa parte do pressuposto de que a narrativa biográfica é um lugar de representação de experiências vividas e de mediação de histórias de vida. O estudo considera a relação entre narrador, personagens e espaços biográficos e tem como problema de pesquisa indagar como o biógrafo constrói a si mesmo e como constrói o biografado nas narrativas estudadas. Os livros analisados produzem narrativas tanto sobre o cantor biografado quanto sobre o jornalista e historiador Paulo Cesar de Araújo, autor das obras, com predominância do caráter autobiográfico. Por meio de uma análise flutuante dos livros, chegamos ao recorte de seis capítulos que mostram momentos de aproximação e distanciamento entre fã e ídolo. A pesquisa teve por objetivo responder sobre o lugar do narrador, as personagens e seus conflitos e a intersecção entre biografia, autobiografia e metabiografia que compõem as narrativas e suas estratégias de produção de sentido Utilizamos a metodologia proposta por Motta (2013) para análise de narrativas realísticas conjugada com procedimentos de Reuter (2007) para identificar funções narrativas, fundada também nas teorias narrativas de Ricoeur (1994), Genette (1995), Culler (1999) e chaves de interpretação biográficas de Vilas-Boas (2014). O desfecho mostra que o narrador-biógrafo foge ao distanciamento que marca o discurso biográfico, ao se colocar como personagem quando constrói-se a si mesmo ao contar a história do biografado. As narrativas de Roberto Carlos em detalhes e O réu e o rei são também exemplos de um fazer biográfico que tem mais liberdade para assumir a polifonia de vozes, especialmente a que se coloca dentro da história que narra, e que resulta em personagens mutantes, complexos e que são indissociáveis.