Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Thomaz, Raquel Prado |
Orientador(a): |
Caumo, Wolnei |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/213264
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Resumo: |
Introdução: A quimioterapia no câncer de mama traz efeitos adversos a curto e longo prazo como a fadiga, a dor e a disruptura no ritmo circadiano que consequentemente levam à piora na qualidade do sono e podem reduzir a qualidade de vida. Objetivos: Comparar o uso da melatonina, antes e durante o primeiro ciclo de quimioterapia adjuvante em pacientes com câncer de mama, com o placebo e seus efeitos na qualidade do sono, na qualidade de vida e nos níveis de dor. E verificar se o efeito da melatonina é influenciado pelo estado basal de neuroplasticidade avaliado pelo nível sérico do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF). Métodos: Foram selecionadas trinta e cinco mulheres, com idade entre 18 e 75 anos, randomizadas em dois grupos para receber 20mg de melatonina (n = 17) ou placebo (n = 18). O tratamento foi iniciado 3 dias antes da realização do primeiro ciclo de quimioterapia adjuvante para câncer de mama e foi utilizado por um período total de 10 dias. As participantes foram avaliadas com os seguintes instrumentos: Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI), escala visual analógica para mensuração da dor (VAS), Questionário de Qualidade de Vida da Organização Europeia para Pesquisa e Tratamento do Câncer (EORTC QLQ-C30). Ainda, foi dosado o nível sérico basal do BDNF. Resultados: Através do método de Equações de Estimações Generalizadas (GEE) demonstrou-se que o uso da melatonina trouxe melhora na qualidade do sono avaliada pelo PSQI, redução nos níveis de dor mensurados pelo VAS e melhora na qualidade de vida verificada pelo EORTC QLQ-C30. O BDNF da linha de base se relacionou significativamente apenas com as variações na qualidade do sono no grupo melatonina (B = 0,01; P <0,001) e não no grupo placebo (P = 0,726). Conclusões: O uso da melatonina antes e durante o primeiro ciclo de quimioterapia adjuvante para câncer de mama melhorou a qualidade do sono, reduziu os níveis de dor e teve uma tendência para um aumento na qualidade de vida. Evidenciou-se que níveis mais elevados de BDNF sérico basal foram associados a menores variações na melhoria da qualidade do sono obtidas com o uso de melatonina. Esse efeito dependente da neuroplasticidade indica que a melatonina pode ter um mecanismo de ação neuromodulatório. |