Ciclo selvagem : negociações entre poéticas e mundos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Cássia Josiele da
Orientador(a): Tettamanzy, Ana Lúcia Liberato
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/277600
Resumo: Este trabalho compartilha uma análise sobre os múltiplos sentidos do Selvagem, ciclo de estudos sobre a vida que tem realizado encontros e eventos presenciais e virtuais e disponibilizado, em site, recursos e materiais em que se cruzam conhecimentos, experiências e mundos. O propósito desta dissertação é, em um primeiro momento, apresentar breve panorama histórico que contempla distintas visões de escritores, artistas e teóricos sobre a problemática das literaturas e das manifestações artísticas produzidas por diferentes povos indígenas presentes no Brasil. Para tanto, foram utilizadas contribuições de pensadores como Ailton Krenak, Gersem Baniwa, Daniel Munduruku, Kaká Werá Jecupé, Ely Ribeiro de Souza, Olívio Jekupé, Graça Graúna, Eliane Potiguara, Jaider Esbell, Davi Kopenawa Yanomami, Janice Thiél, Maria Inês de Almeida, Sônia Queiroz, Lúcia Sá, Mariana Simoni, Ramón Grosfoguel e Silvia Rivera Cusicanqui. Em um segundo momento, a pesquisa seleciona o site Selvagem e seus materiais e realizações como corpus e como lugar de produção de definições sobre a natureza e as funções dos processos cognitivos, relacionais e formativos surgidos desses encontros. A proposta de tornar-se selvagem defende o direito à existência em meio às diversas tentativas de extinção dos povos originários em nome do esvaziamento do território, além de mostrar as negociações desses povos com modos de vida alternativos e com a natureza como criação de conhecimentos e de poéticas. O reconhecimento dessas manifestações como produções literárias e artísticas constitui, então, parte de um processo relevante para estimular cosmopercepções e práticas contracoloniais que eduquem os não indígenas.