Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Silva, Douglas da Rosa |
Orientador(a): |
Bittencourt, Rita Lenira de Freitas |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/188195
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Resumo: |
A poesia brasileira contemporânea escrita por poetas mulheres tem oxigenado e potencializado a produção poética atual. Os textos poéticos, diferentes entre si, alavancam linhas de força e de criação que tornam variado o produzir poético na contemporaneidade. Diante desses pressupostos, essa pesquisa pretende estabelecer uma relação entre a poesia do presente e as noções de tempo, arquivo e corpo. Como base de reflexão, se desenvolve um pensamento acerca do coreografar da (e na) poesia. Esse coreografar, advindo das perspectivas teóricas da dança, é entendido, no âmbito desse estudo, como um exercício de esgarçar a linguagem, procurando nela aquilo que ela não diz. A poesia de mulheres, nesse sentido, coloca em declínio as significações habituais, haja vista que a construção dos sentidos na poesia está sempre por fazer e sendo feita. O desígnio desse trabalho não é elaborar considerações encerradas e estáticas acerca da poesia do presente, mas coreografar com essas produções, extraindo desse encontro uma experiência de saber. Entregar-se para a inclinação coreográfica do poema é permitir a formação de leituras que acrescentam ao debate da poesia contemporânea. Para tanto, esse trabalho se interessa pelo estudo das obras de Ana Martins Marques, Angélica Freitas, Bruna Beber, Cristiane Sobral, Laura Liuzzi e Maria Rezende, poetas em atividade no Brasil hoje. A chave teórica do estudo tensiona as contribuições tanto de autores(as) modernos(as) quanto de autores(as) contemporâneos(as). Outrossim, são colocadas em interação leituras no campo da dança, da filosofia, e da literatura contemporânea. Com a intenção de explicitar e delimitar os movimentos coreográficos feitos na poesia, o texto dessa dissertação é fragmentado em três partes. A primeira parte, intitulada de “Coreografias no tempo e com o tempo”, explora os rompimentos, as aberturas e os afastamentos que a poesia promove no e em tempo presente. A segunda parte, “Coreografias no e do arquivo”, problematiza as associações e as correspondências operadas pela poesia no e com o arquivo literário e cultural. A terceira parte, denominada de “Coreografias dos corpos”, investiga a heterogênea e robusta presença das corporeidades na poesia hoje. Por fim, as experiências de saber que marcam o coreografar poético estimulam outras sensibilidades, instigam outras linhas imaginativas, e esgarçam a linguagem visando liberar e poetizar as significações e as inscrições inteligíveis. |