Ensino de música em conservatórios de Bagé - Rio Grande do Sul (1904 - 1927) : uma sociologia dos processos músico-pedagógicos na Primeira República

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Rafael Rodrigues da
Orientador(a): Souza, Jusamara Vieira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/201230
Resumo: A pesquisa teve por objetivo compreender os processos sociais que contribuíram para a criação e a consolidação de dois conservatórios de música na cidade de Bagé (RS) no período entre 1904 e 1927: o Conservatório Municipal de Música de Bagé (fundado em 1904) e o Instituto Municipal de Belas Artes (fundado em 1921 e municipalizado em 1927). A pesquisa que se situa no campo da sociologia da educação musical se apoiou na pesquisa documental como metodologia. A sociologia processual de Norbert Elias serviu como referencial teóricometodológico. Os dados levantados para a pesquisa partem da análise das edições do jornal O Dever entre os anos de 1901 e 1907 e entre os anos 1920 e 1927. Os resultados da pesquisa revelam as relações de interdependência que emergiram a partir da busca por consolidar instituições conservatoriais em Bagé e busca explicar como os processos sociais locais contribuíram para construir um modelo de instituição conservatorial alinhada às demandas sociais da sociedade brasileira e/ou bageense da época e, portanto, significativamente diferente de importantes conservatórios europeus tomados como referência. Dessa forma, os conservatórios, tal como se apresentaram em Bagé, mais do que uma réplica de conservatórios europeus, representam uma livre adaptação de certa matriz conservatorial europeia que foi trazida por imigrantes ou por brasileiros que tiveram contato com essas instituições. Neles, nota-se traços de uma divisão de gênero do conhecimento musical que marcaram o início do Instituto Municipal de Belas Artes orientando seu currículo e a imagem da instituição. Também nota-se que os movimentos pela consolidação das instituições implicaram certos recursos de distinção social capazes de traçar limites simbólicos entre os músicos ligados aos conservatórios e os demais músicos da cidade.