Conversações sobre a micropolítica do trabalho vivo em saúde mental : o antimanicomial em ato

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Almeida, Simone Alves de
Orientador(a): Merhy, Emerson Elias
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/238660
Resumo: Este estudo parte de experiências vividas no campo da saúde mental e aborda a dimensão subjetiva do trabalho nos agires militantes dos trabalhadores. Nestes agires, identificam-se imperativos ideais na produção de maus encontros e na intensidade da relação com o trabalho. Isso dificulta o cuidado de si e das relações entre os trabalhadores, podendo gerar a reprodução das lógicas as quais se pretende superar, na micropolítica dos encontros. Para tanto, experiências da autora são relatadas, articulando-se em conversas com autores da saúde coletiva e da filosofia da diferença. Trata-se de uma investigação cartográfica, que coloca em análise os vestígios do vivido a partir do corpo da pesquisadora, e busca nele, experimentações que abram caminhos para um outro mundo em devir. Algumas das vivências partilhadas mostram a necessidade de pausas analíticas no olho do furacão antimanicomial e da multiplicação de bons encontros entre os trabalhadores, que podem trazer maior sustentabilidade para esses agires frente aos seus desafios. O tema do cuidado é desdobrado em proposições que indicam que os princípios que compõem a relação dos trabalhadores com os usuários são importantes também, na relação entre os trabalhadores. Além disso, as necessidades de cuidado de si e do outro apontam para o cuidado com o encontro. Nesse percurso, como elaboração teórica, o antimanicomial em ato é apresentado como ética do agir na relação entre os trabalhadores da saúde mental.