Danos de bioerosão em bioclastos como indicadores paleoambientais em zona plataformal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Filipe Brasil Medeiros
Orientador(a): Erthal, Fernando
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/268301
Resumo: Os estudos tafonômico desta natureza, na sua maioria, são escassos ou inexistentes no Brasil. Traços biológicos, principalmente por bioerosão (micro e macroendolíticos) e marcas de predação, podem apresentar grande potencial para auxiliar nas interpretações paleoambientais. Como há poucos estudos sobre danos tafonômicos de origem biológica em plataformas continentais subtropicais, o intuito deste trabalho foi identificar e quantificar esses danos (traços de bioerosão e predação) presentes nas conchas de moluscos e braquiópodes encontradas nos depósitos bioclásticos da plataforma continental do Sul do Brasil, e relacionar com a uma série de fatores ambientais. Foram usadas 13 amostras de sedimento superficial de diversas profundidades coletados por ocasiões de expedições GEOMAR e REVIZEE, através de amostrador do tipo Van Veen e ou Box-corer, localizadas na plataforma continental entre latitudes de ~28ºS e ~34ºS. Os aspectos tafonômicos analisados, foram as seguintes: (i) fragmentação, (ii) alteração de cor, (iii) tipos de bioerodidores (traços de fungos, cianobactérias, esponjas, briozoários, poliquetos, além de traços com produtor indeterminado) e (iv) marcas de predação Foram examinados 2800 bioclastos pertencentes a mais de 30 gêneros de moluscos bivalves, além de braquiópodes e fragmentos indeterminados, onde os traços mais frequentes são: Phytophora isp., Phormidium isp., Entobia isp. e Scolesia filosa Os traços de predação foram verificados em frequências que oscilaram entre 7% e 8%. A fragmentação e a alteração de cor estiveram muito presentes entre as amostras. Utilizando a. Análise Canônica de Proximidades e a Correlação de Spearman, foi possível relacionar essas assinaturas tafonômicas de origem biológica em bioclastos de ambientes plataformais subtropicais com características ambientais, como profundidade, longitude, latitude e o tipo de substrato. Porém, temos que levar em conta o bio-time-averaging que poderá ser perpetuado pelo icno-time-averaging, e esse tipo de informação pode gerar um “ruído” na interpretação de dados. Sendo assim, para que os traços sejam utilizados como indicadores para reconstrução paleoambiental é necessária uma caracterização detalhada desses icnofósseis, para que possibilite correlações quantitativas significativas com dados ambientais e sirva de ferramenta auxiliar em reconstruções paleoambientais.