Acesso ventral para correção de luxação coxofemoral craniodorsal utilizando fios ancorados intra-articulares : estudo ex-vivo em cães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Souza, Rodrigo Gomes de
Orientador(a): Alievi, Marcelo Meller
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Hip
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/256634
Resumo: A luxação coxofemoral é uma afecção comumente observada na rotina clínica de pequenos animais, chegando a representar até 90% de todas as luxações em cães e gatos. A luxação craniodorsal configura o principal tipo de luxação do quadril e, para o seu tratamento, existem diversas técnicas cirúrgicas. Os objetivos do presente estudo foram avaliar a abordagem ventral para o tratamento de luxação coxofemoral craniodorsal em cães e propor uma nova técnica cirúrgica, intra-articular de redução e estabilização com fios ancorados. Foram utilizadas 26 articulações coxofemorais de cadáveres caninos que foram a óbito por causas não relacionadas ao estudo. Inicialmente as articulações coxofemorais foram radiografadas para mensuração do índice de distração (ID) pré-procedimento. A luxação coxofemoral foi induzida pela secção do ligamento da cabeça do fêmur após artrotomia dorsal. Em seguida, o animal foi posicionado em decúbito dorsal e, com o membro a ser operado em abdução, a articulação coxofemoral foi acessada via artrotomia ventral. Após exposição da articulação, removeu-se restos do ligamento da cabeça do fêmur previamente rompido, e foi realizada perfuração da cabeça femoral seguida da inserção de âncora acoplada em um fio cirúrgico. Após, foi realizada perfuração na fossa acetabular para passagem do fio que estava acoplado a âncora da cabeça femoral. Posterior a redução da luxação, o fio foi fixado em uma segunda âncora previamente inserida no corpo do ílio, aproximadamente 0,5 cm da borda cranioventral do acetábulo. Posteriormente, foi realizada aproximação da musculatura, sutura de subcutâneo e pele. Imediatamente após, as articulações foram radiografadas para confirmação da redução do quadril e mensuração do ID pós-procedimento. O estudo dividiu as articulações em dois tratamentos distintos, A/A e B/C, baseados na utilização de diferentes modelos de âncoras. Os quadris que foram submetidos ao tratamento A/A apresentaram a média ± desvio padrão do ID no pós-tratamento de 0,54 ± 0,25. Já os quadris que foram submetidos ao tratamento B/C apresentaram a média ± desvio padrão do ID no pós-tratamento de 0,46 ± 0,17, não havendo diferença estatística com o ID prévio ao tratamento. Fundamentado nos resultados deste estudo é possível concluir que a técnica cirúrgica aqui descrita através do acesso ventral e utilização de âncoras é uma opção viável para estabilização de luxação coxofemoral traumática em cães.