Performar o encante : saberes do terreiro como articuladores de criação em dança

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Colins, Cleyce Silva
Orientador(a): Alcântara, Celina Nunes de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/219205
Resumo: Este trabalho tece uma reflexão a partir de duas experiências estéticas performáticas, a artística e a religiosa, coadunadas na experiência sensível de um corpo na Umbanda, que firma a estrutura ética da pesquisa. Para tanto, foram tomados como princípios de análise as noções de encantamento, performance da oralitura e a de processos das encruzilhadas de Exu desde a tradição religiosa umbandista e do pensamento de autores como Leda Martins, Luiz Rufino e Eduardo David de Oliveira. Baseada no encontro entre o empírico, desde a religiosidade afrodiaspórica e os processos de experimentação performática produzidos nesta pesquisa, pretende-se discorrer acerca de camadas identificadas nessa afro-religiosidade. A discussão teórica foi constituída principalmente por meio dos conceitos de encantamento de Oliveira (2005); performance da oralitura de Martins (2003) e encruzilhada de Rufino (2017). Essas noções conceituais, matizadas com a prática artística, foram também as referências para a criação dos experimentos Corpo-nanã, Falésia e Canto de água, os quais se relacionam com a memória de corpo advinda do território dessa religiosidade. Por fim, entende-se que as poéticas do corpo, que se desdobram a partir dos saberes do terreiro, podem constituir-se como espaço de manutenção de um território simbólico afrodiaspórico, local de sua ética, assim como um convite para a descolonização do corpo, transgressão e subversão ao legado cultural colonial da dança ocidental.