Inclusão de bebê com deficiência física em creche : programa de acompanhamento para educadoras com base em conceitos winnicottianos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Bossi, Tatiele Jacques
Orientador(a): Piccinini, Cesar Augusto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/187447
Resumo: Este estudo teve por objetivo investigar as contribuições do Programa de Acompanhamento para Educadoras de Creche em Contexto Inclusivo - PROAECI, para a relação educadora- bebê com deficiência, a partir de conceitos winnicottianos. Participaram 3 educadoras de berçário de uma Escola Municipal de Educação Infantil de Porto Alegre, que atendia uma menina de 24 meses, com deficiência física. As educadoras responderam a entrevistas e, posteriormente, participaram do PROAECI, que enfoca temas específicos da relação educadora-bebê com deficiência, norteados pelos conceitos winnicottianos referentes às tarefas da educadora (holding, manuseio e apresentação de objetos) e competências da educadora (previsibilidade, adaptação ao saber materno e diagnóstico pedagógico). O PROAECI foi realizado ao longo de seis encontros individuais com cada educadora e os dados foram submetidos à análise qualitativa, na forma de relato clínico. Ficou evidente, desde os momentos iniciais, o quanto as educadoras consideravam a bebê com deficiência como importante na turma, de modo que se mostravam adequadas no planejamento de atividades e na inclusão dela, tentando não limitar a sua participação na rotina diária. No entanto, ao longo do PROAECI, se mostraram mais conectadas a bebê e mais sensíveis às suas demandas específicas colocadas pela deficiência, ao entenderem que também exerciam funções maternas junto a ela. Por alguns momentos, mostraram-se sobrecarregadas com a rotina e os cuidados de uma bebê com necessidades mais diferenciadas, de modo que o espaço de escuta oferecido para acolher essas angústias mostrou-se importante, favorecendo a relação educadora-bebê. Os resultados sugerem que mais programas como este devem ser propostos no contexto escolar, uma vez que as dúvidas e as angústias das educadoras frente ao seu trabalho no contexto de inclusão precisam ser consideradas. Por fim, ressalta-se que, embora no presente estudo o PROAECI tenha sido usado com educadoras de bebê com deficiência física, é plausível se pensar que ele possa ser aplicado também no contexto de outras deficiências.