Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Silveira, Paloma Dias |
Orientador(a): |
Axt, Margarete |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/21384
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Resumo: |
A presente pesquisa, levada a efeito no PPGEdu/UFRGS, vinculada à linha de pesquisa Educação: Arte, Linguagem, Tecnologia e ao Laboratório de Estudos em Linguagem Interação e Cognição – LELIC, tem como objetivo compreender o movimento de instauração de diferentes vozes/perspectivas, em situações de experimentação na sala de aula, vivenciadas pelos alunos e pela professora de uma turma do ensino fundamental (terceiro ano). Destacamos como interrogante que assume centralidade na investigação: Como se instauram diferentes vozes/perspectivas no fluxo das experimentações em uma sala de aula do ensino fundamental? O material que analisamos trata-se de enunciados produzidos pelos alunos e pela professora da turma que acompanhamos. Também analisamos enunciados produzidos no âmbito do grupo de estudos e formação das professoras da escola em que se realiza a pesquisa, assim como enunciados escritos produzidos pela professora da turma de terceiro ano. Para a obtenção dos materiais foram realizados registros audiovisuais em sala de aula e registros escritos em diário de campo da pesquisadora (no grupo de estudos e na sala de aula). Também destacamos os registros realizados pela professora, em seu diário de campo, e aos quais obtivemos acesso. A análise do material empírico se realiza considerando as produções coletivas de personagens, pelos alunos e pela professora, como situações de experimentação na sala de aula. A formulação teórica que fundamenta a pesquisa remete ao quadro dos estudos da linguagem de Mikhail Bakhtin. Destacamos, entre as articulações conceituais que perpassam as obras deste autor: o dialogismo, como movimento constitutivo da linguagem e dos elos entre as diferentes vozes/perspectivas; o enunciado, enquanto unidade real da comunicação discursiva; a carnavalização, como um modo de existência discursiva que relativiza as pretensas verdades e afirma o inacabamento do mundo. As conclusões apontam para o entendimento de que a escuta atenta da professora, na sala de aula, se apresenta como um ato ético de sustentação da voz/perspectiva incipiente do aluno, no esforço de se afirmar. Os personagens, por sua vez, constituem-se em contextos inusitados, abrindo espaço às possibilidades criativas expressas nas contribuições dos alunos. |