Travessias e passagens em espaços urbanos fronteiriços : Brasil, Uruguai e Argentina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Coelho, Karla Nunes de Barros
Orientador(a): Marzulo, Eber Pires
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/108990
Resumo: A Fronteira Internacional é uma área de características ambíguas, pois assim como é o ponto que separa, também é a área de contato constante entre duas nações. Mais especificamente a Fronteira Platina que abrange as fronteiras do Brasil e Uruguai, e Brasil e Argentina, nosso foco de estudo, é um espaço que carrega uma história e uma memória de união, onde as ambiguidades tornam-se mais complexas ao investigarmos as peculiaridades locais, nas cidades gêmeas. Temos o objetivo de investigar o espaço urbano das cidades gêmeas onde as manifestações de fronteira são vivenciadas cotidianamente. As cidades escolhidas para representar a Fronteira Platina foram Santana do Livramento (BR) e Rivera (UY), e Uruguaiana (BR) e Paso de los Libres (AR), em função da dinamicidade e importância regional. Para o estudo, tomamos as articulações teóricas atuais da fronteira e buscamos interação com a teoria do território, da territorialidade, do cotidiano e da memória. Os relatos e mapas mentais de diferentes gerações de moradores da fronteira, a partir de entrevistas não diretivas e histórias de vida, nos permitiram o entendimento das práticas cotidianas locais, suas dimensões simbólicas e materiais como constituidoras desses espaços. A conclusão da tese é de que as áreas de fronteira são áreas de transição, e que as áreas de transição podem ser ainda mais particulares onde acontecem as interseções, os espaços de integração binacional. Mesmo que os espaços urbanos não se toquem literalmente, os espaços de integração binacional são identificados a partir da territorialidade. Depois de tratar do lócus, podemos dizer que a fronteira possui uma área de interseção, seja ela material, contida no espaço urbano, ou simbólica, em função das memórias de vizinhança e territorialidades. Estes espaços chamamos espaços de integração binacional.