Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Cláudio Felipe Kolling da |
Orientador(a): |
Lucion, Aldo Bolten |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/130559
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Resumo: |
A violência e a agressividade fazem são parte integral do comportamento humano. Crianças criadas em ambientes violentos apresentam maior chance de desenvolver psicopatologias como ansiedade e depressão, apresentam menor desempenho escolar e regulação alterada do eixo de resposta ao estresse. Os mecanismos que levam a tais desfechos são complexos e difíceis de estudar em humanos. Até o presente momento, não existem modelos animais especificamente desenvolvidos para estudo do ambiente violento precoce e suas consequências. O presente trabalho objetivou o desenvolvimento e caracterização de um modelo animal para estudo do impacto do ambiente violento precoce sobre o desenvolvimento, com validade de construto, validade de face (aparente) e validade preditiva. Para tal, utilizamos o estresse social durante a lactação pela inserção de um macho intruso na caixa moradia da fêmea e sua prole por 5 minutos durante o ciclo claro nos dias 3, 5, 7 e 9 de vida pós-natal. Os desfechos avaliados para validade de face foram ansiedade juvenil e adulta, resposta ao estresse e capacidade cognitiva. Os desfechos avaliados para validade preditiva foram os efeitos da variação do comportamento maternal sobre os desfechos que conferem validade de face ao modelo. A intervenção com macho intruso teve forte impacto sobre a prole e a genitora. Houve redução do comportamento de amamentação nos 30 minutos após cada intervenção em comparação com ninhadas controles em horário semelhante. As genitoras do grupo violência apresentaram aumento da fração de corticosterona plasmática ligada a proteínas. Filhotes machos do grupo violência apresentaram redução da concentração basal de corticosterona 30-40 minutos após a segunda intervenção, perdurando na idade juvenil e adulta. A intervenção levou ao aumento do comportamento semelhante a ansiedade na idade juvenil em machos e fêmeas. Filhotes machos apresentaram aumento do comportamento semelhante à ansiedade e redução no desempenho cognitivo na idade adulta, além de redução da massa corporal ao longo de toda a vida e resposta exacerbada ao estresse psicológico repetido na idade adulta. Comportamentos maternais tidos como de qualidade (amamentação com dorso arqueado e lambida) foram frequentemente relacionados com proteção contra os efeitos do ambiente violento. Ansiedade da genitora teve correlação direta com os desfechos deletérios sobre os filhotes. Os desfechos de validação esperados foram confirmados. A Intervenção se mostrou um modelo consistente de ambiente violento precoce, com validade de construto, de face e preditiva. |