Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Breda, Vitor Carlos Thumé |
Orientador(a): |
Grevet, Eugenio Horácio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/202544
|
Resumo: |
O TDAH passou por diversas mudanças conceituais ao longo dos anos. A avaliação em adultos leva em consideração o relato retrospectivo de sintomas, uma vez que é necessária a presença de diversos sintomas do transtorno na infância, mesmo sem evidências empíricas que suportem o procedimento. Por outro lado, estudos populacionais recentes demonstraram que os casos com TDAH na infância não são os mesmos indivíduos com TDAH na vida adulta. Esses achados questionam o conceito teórico que define o TDAH como um transtorno estritamente neurodesenvolvimental e com início na infância. A presente tese visa a investigar a validade do critério de idade de início baseado no relato retrospectivo de sintomas, e a auxiliar na compreensão e esclarecimento a respeito dos casos de TDAH detectados na vida adulta. No primeiro estudo, buscamos avaliar a acurácia da recordação de adultos de sintomas de TDAH ocorridos na infância, em uma amostra populacional. Nossos achados demonstram que o critério de idade de início não deve ser baseado apenas em relatos retrospectivos, uma vez que esse relato não apresenta acurácia suficiente para ser confiável, e características clínicas e psicossociais parecem influenciar pouco a qualidade do relato. Em um segundo estudo, detectamos independentemente do critério retrospectivo de idade de início, através da análise de classes latentes, a existência de uma trajetória com sintomas persistentes de TDAH (neurodesenvolvimental) em 73,0% dos casos, e outra trajetória com sintomas ascendentes, provavelmente responsável pelos casos de TDAH com início tardio. A trajetória ascendente correlacionou-se com o sexo feminino, fobia social, maior quociente de inteligência e maior escolaridade. O conjunto de resultados apresentados nesta tese contribui de forma relevante para o aperfeiçoamento do processo diagnóstico do TDAH em adultos e na compreensão da evolução dos sintomas ao longo da vida. |