Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Nicoladeli, Amanda Vettoretti |
Orientador(a): |
Piva, Jefferson Pedro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/276470
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Resumo: |
Introdução: A parada cardíaca em lactentes está associada à alta morbimortalidade. Para um melhor prognóstico neurológico e sobrevivência da vítima em parada cardiorrespiratória, as compressões torácicas devem ser de alta qualidade. A relação ideal de compressão e ventilação durante a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) pediátrica sem via aérea avançada é desconhecida. Objetivos: Nosso objetivo foi comparar duas frequências de ventilação (15:2 e 10:2) quanto a qualidade da RCP em simulação de parada cardíaca em manequim lactente. Materiais e métodos: Estudo de simulação randomizado cruzado. A amostra consistiu em profissionais de saúde que atendem crianças no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Foram realizadas duas simulações (15:2 e 10:2) de RCP com duração de 4 minutos cada, em um manequim infantil sem via aérea avançada. O desfecho primário foi a qualidade das compressões torácicas, caracterizada pela proporção de compressões administradas com profundidade e frequência adequadas. Os desfechos secundários foram avaliados pelo desempenho individual quanto a percepção de fadiga do socorrista, a fração de tempo com compressões sendo administradas, a proporção de ventilações com volume adequado e a proporção de compressões com retorno total do tórax. Resultados: 92 profissionais de saúde participaram do estudo. A proporção de compressões torácicas com profundidade adequada foi de 82±2% (15:2) e 83,5±2% (10:2), com média de 40,3±0,2mm de profundidade. A frequência de compressões por minuto teve média de 110±12 (15:2) e 111±12 (10:2). A proporção de compressões com o retorno total do tórax foi maior no grupo 10:2 (86,9±1,9% vs. 82,3±2,1%, p = 0,039). A maior parte das ventilações foram realizadas com volume acima do adequado, com média de 50,7±2,3% (15:2) e 55,8±2,5% (10:2), p= 0,147. A percentagem de ventilação com volume adequado foi de 30,2±1,6% (15:2) e 29,5±1,8% (10:2), p=0,756. A média da fração de compressão torácica (73,8±0,3% vs. 64,9±0,3%, p<0,0001), e a média do número de compressões torácicas em 2 minutos [cpm] (164±18 vs. 143±17, p<0,0001) foi maior no cenário de 15:2 do que no 10:2. Os profissionais sentiram mais fadiga no fim do ciclo de 15:2 (5,04±0,1 vs. 4,36±0,1, P<0,0001). Não foi notada diferença na autopercepção quanto ao desempenho das compressões (profundidade e frequência) e das ventilações. Não houve diferença nas médias de frequência cardíaca dos socorristas antes e após cada simulação. Conclusão: nosso estudo demonstrou uma boa qualidade de compressões torácicas nas duas frequências avaliadas, mas especial atenção deve ser dada a qualidade da ventilação durante a RCP em lactentes. Nossos achados sugerem que a maior parte das ventilações foram oferecidas com um volume corrente alto, o que pode ser deletério para os lactentes em parada cardiorrespiratória. O cenário 15:2 parece ter causado mais fadiga e um maior nível de dificuldade para completar a simulação no relato dos socorristas. |