Sobrevivência a parada cardiorrespiratória: avaliação da performance cerebral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Nacer, Daiana Terra
Orientador(a): Loureiro, Marisa Dias Rolan
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2787
Resumo: Introdução: Apesar de avanços relacionados à prevenção e tratamento da Parada Cardiorrespiratória (PCR), muitas ainda são as vidas perdidas. A maioria dos estudos realizados concentra-se em eventos extra-hospitalares e tem resultados de incidência e sobrevivência muito variáveis. Tal variação é evidência da necessidade de que os serviços de saúde identifiquem e avaliem cada ocorrência de evento tratado. Objetivos: Avaliar a performance cerebral de pacientes adultos sobreviventes de PCR, antes do evento, na alta hospitalar e após seis meses, em um hospital de Campo Grande, estado de Mato Grosso do Sul (MS). Identificar fatores relacionados com diferenças entre sobreviventes e não sobreviventes do grupo estudado. Conhecer a sobrevivência após seis meses da alta hospitalar. Metodologia: Estudo analítico, prospectivo, de abordagem quantitativa, desenvolvido em um hospital geral filantrópico de Campo Grande (MS). Autorizado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, parecer nº:856.096, de 02/11/2014. Resultados: Foram avaliados 78 sobreviventes de PCR, 38,5% (30), alcançaram a alta hospitalar, destes, todos apresentaram apenas um evento de PCR, enquanto que todos os que evoluíram para o óbito apresentaram 2 ou mais eventos, houve associação entre o número de PCR e o desfecho, também houve relação entre o uso de droga vasoativa e insuficiência renal e o óbito. Em relação ao CPC, 96,7% dos pacientes apresentavam CPC 1 anterior a PCR, e 72,7% o mesmo valor na alta, não houve diferença estatisticamente significativa entre o CPC médio anterior a PCR e aquele no momento da alta. Em relação ao acompanhamento após a alta, dos 30 pacientes, dois evoluíram com re-internação e óbito nos seis meses seguintes, 21 foram encontrados para o acompanhamento pós alta, 14 pacientes apresentavam CPC 1 na alta e 15, o mesmo índice seis meses após. O CPC médio na alta foi 1,47 e, seis meses após, 1,42. Conclusão: A PCR é um evento com sobrevivência muito variável, 2 ou mais eventos de PCR, uso de droga vasoativa e insuficiência renal foram relacionados ao óbito. Para os pacientes que evoluíram com a alta hospitalar, não houve piora de sua função cerebral, o que pode ser relacionado aos cuidados prestados e a qualidade da ressuscitação. Verificou-se que o processo de recuperação após a alta hospitalar é lento e que estes pacientes necessitam de acompanhamento pós alta.