Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Gestrich-Frank, Maíra Ingrit |
Orientador(a): |
Tirelli, Flávia Pereira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/276234
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Resumo: |
A domesticação dos gatos (Felis catus) ocorre há milhares de anos, no entanto, eles ainda apresentam vários comportamentos associados à vida selvagem. Em consequência disso, eles necessitam de uma série de recursos, além de uma interação social adequada. Tanto a rotina do tutor e a qualidade da interação entre humanos e gatos como a quantidade, variedade e disposição de recursos para o gato no ambiente apresentam um potencial de causar impacto no seu bem-estar. Um gato que não consegue expressar seus comportamentos naturais pode apresentar diversos problemas comportamentais e/ou doenças, como a obesidade. A pandemia de COVID-19 provocou alterações na rotina de muitas pessoas e seus animais de estimação, o que pode ter afetado o ambiente dos gatos domésticos e gerado alterações no seu comportamento e Escore de Condição Corporal (ECC). Assim, o presente estudo teve como objetivo investigar e avaliar o impacto do confinamento dos tutores de gatos decorrente da pandemia de COVID-19 no Brasil e do convívio social humano-gato no bem-estar, ambiente, condição corporal e comportamento dos felinos domésticos, através da comparação de três períodos: pré-pandemia, confinamento e pós-confinamento. Por meio de um questionário, foram avaliados os efeitos comportamentais e os impactos no bem-estar e no ECC de 873 gatos, decorrentes das mudanças desse período, conforme relatado pelos seus tutores. Também desenvolvemos dois escores para avaliar e comparar o ambiente e comportamento dos gatos nos três períodos. No geral, as nossas descobertas revelam que o confinamento proporcionou a muitos gatos um ambiente físico e social mais próspero, sugerido pelo aumento do Escore Ambiental e maior possibilidade de interação tutor-gato, que foi favorecido pelo maior tempo de convivência durante esse período. Não encontramos correlação entre os Escores Ambiental e Comportamental e/ou os comportamentos positivos dos gatos, nos três períodos foco do estudo. Uma rotina monótona (falta de atividades e privação de acesso ao meio externo) foi associada ao aumento do ECC dos gatos. O principal aspecto relacionado à rotina que sofreu variação entre os três momentos foi a categoria de tempo que o gato ficou sozinho, evidenciado pelo aumento do número de gatos que nunca ficaram sozinhos durante o confinamento. Os gatos apresentaram mudanças comportamentais nos três períodos, evidenciados pela redução no Escore Comportamental (decorrente do aumento de alguns comportamentos negativos, como agitação), e pelo aumento de comportamentos considerados positivos, como maior busca por atenção (mais afetuoso), mais calmo, relaxado e brincalhão, nos momentos que seguiram a pré-pandemia. Os resultados foram apresentados na forma de um artigo e as necessidades ambientais felinas foram sintetizadas na forma de um guia para tutores de gatos. |