A experimentação de Laerte : reflexões a partir das pedagogias de gênero e sexualidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Sevilla, Gabriela Garcia
Orientador(a): Seffner, Fernando
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/106494
Resumo: Reflexões provocativas já foram produzidas na intersecção dos estudos de gênero e sexualidade (na perspectiva pós-estruturalista) com o campo da educação e estudos culturais, que ajudam a mostrar o caráter aprendido dos modos de ser homem e mulher em nossa sociedade. Utilizamos nesta pesquisa a categoria pedagogias de gênero e sexualidade, proposta por Guacira Louro, para analisarmos de que forma diferentes artefatos culturais ensinam e reiteram determinadas normas referentes ao feminino e masculino e como estes mesmos artefatos possibilitam mudanças e possibilidades de subversão das normas. Propomos a análise de entrevistas concedida por Laerte, cartunista que tem ganhado notoriedade e visibilidade midiática por suas experimentações éticas, estéticas e políticas em relação a gênero e sexualidade, discutindo que questionamentos das normas se abrem ou se reproduzem a partir disto por meio da problematização e multiplicação destes conceitos e fragmentação das dicotomias. Tomamos este “caso” como um artefato cultural – Laerte na mídia – e, portanto, como um local privilegiado para lançarmos um olhar a respeito da sociedade brasileira em relação às questões que envolvem gênero, sexualidade e corpo na medida em que isso gera repercussão e muito interesse por parte da imprensa. Também porque se debruça sobre um modo de vida considerado “estranho”, inusitado ou “anormal”. Sendo assim, acreditamos que ao lançarmos nosso olhar para as margens, muito compreendemos sobre o centro e também a respeito da constituição destas fronteiras e dos seus possíveis atravessamentos, ou seja, das possibilidades de transgressão e subversão das normas que constituem o sistema heteronormativo vigente.