Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silva, Juliana Carolina da |
Orientador(a): |
Rodeghero, Carla Simone |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/265371
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Resumo: |
Esta tese tem como objetivo central analisar, através de cartas, requerimentos, informes do Serviço Nacional de Informações, de periódicos e relatos orais os desdobramentos da lógica da suspeição e das resistências do campo em pequenas cidades do Norte Velho do Paraná e do Médio Paranapanema, no sul do Estado de São Paulo. Buscamos observar como os militantes desta região de divisa estabeleceram contatos, conexões e interações em tempos democráticos (1946-1964) e quais violências sofreram aos serem atingidos pela ditadura, nos anos de 1964 a 1969. Os posseiros, meeiros, parceiros e demais lavradores, junto aos militantes do Partido Comunista, advogados do trabalho, professores, vereadores, deputados e outros, criaram relações de resistência intermunicipais e interestaduais, com uma lógica de territorialidade própria, elaboraram e fizeram circular projetos de lutas políticas. Tais projetos, de forma imbricada, tinham como finalidade a criação de espaços de expressão e mudança social, congregando esforços individuais e coletivos que deram continuidade as lutas pela terra durante décadas na região. Para essas observações, a narrativa que escolhemos ao longo dos capítulos é tecida pelas trajetórias de homens e mulheres que dedicaram-se pela justiça social. Reescrevemos a história do campo através das persistências, conquistas e (des)rotas desses personagens. Portanto, as histórias que esta tese traz constituem um espaço privilegiado para compreendermos as especificidades desses processos, de dominações e resistências, e dos grupos que resistiram a apoiar a ditadura. Grupos estes, que estiveram em disputa pela construção dos modos de vida e do futuro na região e que haviam sido permeados por silenciamentos impostos ao longo do tempo. Na leitura das greves, mobilizações, reivindicações, dos conflitos e das violências, bem como, no esboço de como eram aquelas cidades pequenas, reconhecemos as intersecções de desigualdades e as próprias relações de poder. |