Análise experimental de vigas em concreto armado reforçadas à flexão com concreto têxtil de fibra de vidro álcali-resistente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Oestreich, Cleiton Ricardo
Orientador(a): Silva Filho, Luiz Carlos Pinto da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/256565
Resumo: Sabe-se que o comportamento mecânico do concreto têxtil varia de acordo com as características e propriedades da matriz de cimento, do reforço têxtil e, principalmente, das ligações desenvolvidas entre eles. Quando aplicado na reabilitação de estruturas de concreto armado, a aderência entre o concreto têxtil e o substrato de concreto passa a ser mais um fator importante a ser considerado. Nesta conjuntura, o objetivo geral desta pesquisa é analisar experimentalmente o comportamento mecânico de vigas de concreto armado, quando reforçadas com concreto têxtil de fibra de vidro álcali-resistente (AR) em condições mais próximas de um reforço em campo. Com o programa experimental, busca-se investigar como as variáveis “tipo da matriz” e “revestimento do reforço” influenciam no desempenho dos elementos no ensaio de flexão a 4 pontos. Para a variável “tipo da matriz”, fez-se o reforço de 7 vigas com argamassa polimérica industrializada (M1) e 7 vigas com argamassa autoadensável (M2). Para a variável “revestimento do reforço”, trabalhou-se com 4 configurações: têxtil sem revestimento (SR), revestido com epóxi (E), totalmente revestido com epóxi e areia (EA) ou totalmente revestido com epóxi, mas com areia somente nas extremidades (EAP). Quanto às cargas máximas, verificou-se que todas as vigas reforçadas apresentaram aumentos da capacidade resistente em relação à viga testemunho. Para as vigas de M1, as cargas máximas revelaram aumentos entre 52,0% e 80,26%. Para os exemplares de M2, os resultados foram semelhantes, variando de 51,84% a 83,24%, sendo que, em ambos os casos, os maiores percentuais foram observados nos exemplares dos têxteis EAP. Acerca dos deslocamentos-limites, verificou-se que todas as vigas reforçadas apresentaram deflexões inferiores à da viga testemunho para a carga de 20 kN. Logo, verificou-se que o reforço, além de aumentar a capacidade das vigas, diminuiu as deflexões para cargas mais baixas. Em relação às deflexões na ruptura, identificou-se que todas as vigas reforçadas apresentaram deslocamentos verticais superiores ao da viga testemunho, com valores até 88,31% maiores. Logo, embora os esforços atuantes tenham superado a aderência na interface têxtil-matriz, atestou-se a eficiência da ancoragem promovida pelos tratamentos do reforço, uma vez que permitiu maior solicitação do têxtil, postergando o deslizamento. Quanto à ductilidade, verificou-se que todas as vigas reforçadas apresentaram comportamento mais dúctil que a viga testemunho, com resultados expressivos para os exemplares dos têxteis EAP, atingindo cerca de 37,10% de aumento máximo e 35,31% em média. Acerca das demais configurações, têxteis revestidos com epóxi (E) e epóxi e areia (EA) os resultados não podem ser conclusivos, uma vez que houve diferença significativa de comportamento entre as repetições. Sobre o fator de tenacidade, verificou-se que todas as vigas reforçadas apresentaram aumento da energia de ruptura em relação à viga testemunho. Para a deflexão de ruptura, verificou-se aumento médio de 136,17%, com valores entre 83,54% e 221,04%.