Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Reginato, Lucas Alexandre |
Orientador(a): |
Silva Filho, Luiz Carlos Pinto da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/221699
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Resumo: |
A construção civil, com o surgimento do concreto armado, sofreu uma mudança de paradigma. Inicialmente, acreditava-se que as estruturas de concreto armado teriam durabilidade ilimitada, não requerendo manutenção. No entanto, foi verificado que erros de projeto, de implementação, de uso e de falta de manutenção podem levar ao desenvolvimento de processos de degradação severos no concreto. Dentre os processos que aceleram a perda do desempenho das estruturas de concreto armado, considerando a ocorrência frequente e a severidade, a corrosão das armaduras pode ser vista como um dos mais importantes. O comprometimento do desempenho estrutural pela corrosão é um tema que tem recebido atenção não só do meio acadêmico, nas últimas décadas, mas também por parte do mercado da construção civil. Um fator preocupante é que boa parte das edificações dos principais centro urbanos brasileiros estão completando entre 40 e 50 anos de vida, momento em que os reparos e manutenções ficam mais rotineiros. Portanto, os problemas relativos à corrosão das armaduras tendem a se acentuar nos próximos anos. Assim, esta pesquisa tem a finalidade, pela realização de ensaios experimentais, de propor duas novas técnicas para a recuperação e a reabilitação de estruturas de concreto armado corroídas. Foram propostos dois procedimentos com potencial inovador: recuperações com UHPFRC e com Concreto Têxtil. Além da recuperação da corrosão, foram aplicadas diferentes técnicas para diagnostico e foi avaliado o comportamento estrutural à flexão. Para isso, foram analisadas vigas de concreto armado em escala real a fim de obter um comportamento representativo. As vigas possuem 15 cm de base, 30 cm de altura e 300 cm de comprimento. Foi estimulada a corrosão pelo método da Corrosão Acelerada por Imersão Modificada - CAIM, em três níveis de perda de massa 5%, 10% e 15%. Os resultados da pesquisa mostram, em suma, que o diagnóstico da corrosão pelos métodos da resistividade e da taxa de corrosão mostra-se mais eficiente. No comportamento estrutural, se observa uma redução de aproximadamente 10%, 28% e 49% na carga de ruptura das vigas corroídas, respectivamente aos graus de 5%, 10% e 15% de corrosão, afetando significativamente o desempenho estrutural. Referente aos procedimentos de recuperação, foi dimensionada a camada de recuperação, a fim de reabilitar o desempenho estrutural das vigas corroídas ao nível das vigas testemunhos, sem corrosão. Os resultados mostram que para ambas as técnicas, UHPFRC ou Concreto Têxtil, foi possível reabilitar o desempenho estrutural das vigas corroídas, independentemente do nível de corrosão. Porém, houve diferenças entre os métodos de recuperação, indicando melhor desempenho com aplicação do Concreto Têxtil. Por fim, foi observado que, independentemente do grau de corrosão a que as vigas estavam submetidas, estas tiveram seu desempenho estrutural reabilitado ao patamar das vigas sem processo corrosivo, indicando que ambas as técnicas podem ser aplicadas para a reabilitação estrutural de vigas corroídas. |