O uso da segunda língua como meio de diminuição de emoções em bilíngues falantes de português brasileiro como L1 e inglês como L2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Melo, Juliana da Silva de
Orientador(a): Fontes, Ana Beatriz Arêas da Luz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/281811
Resumo: Estudos sugerem que bilíngues sentem e expressam emoções de maneira diferente em cada língua (Dewaele, 2010; Pavlenko, 2012; Costa et al., 2014; Dylman; Bjärtå, 2018; Melo; Arêas da Luz Fontes, 2021). Tendo isso em vista, o presente trabalho investigou o papel da segunda língua na redução de emoções negativas e positivas em bilíngues falantes de português brasileiro como L1 e inglês como L2. Para fazer isso, cada participante da pesquisa assistiu a sete vídeos, dois deles que evocavam emoções positivas, dois vídeos que evocavam emoções negativas e três que evocavam emoções neutras, essa última condição para efeitos de controle. Após assistir aos vídeos, os participantes escreveram um texto descrevendo cada vídeo, ora na L1, ora na L2. Dessa forma, o objetivo foi identificar se os vídeos positivos e negativos influenciam a ocorrência, a valência e o alerta de palavras emocionais e palavras com carga emocional nos textos produzidos na L1 e na L2. As hipóteses eram que a ocorrência, valência e alerta de palavras emocionais e com carga emocionais seriam menores nos textos em L2 em comparação com L1. Os resultados não corroboraram nossas hipóteses iniciais. Em vez disso, como principal achado, observou-se a tendência de maior intensidade no que se refere a níveis de alerta nos textos em inglês do que em português. Isso nos sugere que a distância emocional proporcionada pelo uso da segunda língua pode facilitar a expressão de emoções mais intensas e potencialmente vulneráveis.