Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Bonella, Letícia |
Orientador(a): |
Moritz, Maria Lucia Rodrigues de Freitas |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/282425
|
Resumo: |
Esta dissertação investiga o papel de candidatas femininas oriundas da Segurança Pública, que concorreram a vagas na Câmara dos Deputados nas eleições brasileiras de 2018 e 2022. O objetivo central é entender como essas mulheres utilizaram suas trajetórias profissionais para moldar suas identidades políticas e campanhas eleitorais. A pesquisa busca responder às seguintes questões: Qual o perfil sociopolítico dessas candidatas? Quais pautas foram defendidas pelas eleitas em suas campanhas eleitorais, e em que medida a vinculação com a área de segurança pública molda a identidade política dessas mulheres? A dissertação estrutura-se em dois eixos principais. O primeiro aborda o perfil sociopolítico das 157 candidatas, enquanto o segundo analisa as campanhas das seis deputadas federais eleitas, com foco em suas agendas e na utilização de suas experiências profissionais como base para suas campanhas. Dividida em três capítulos, a dissertação inicia debatendo a sub-representação feminina no cenário político brasileiro e os desafios enfrentados pelas mulheres para alcançar posições de poder, incluindo também uma revisão bibliográfica. Neste item são abordados conceitos-chave como: “política de idéias” e “política de presença”, neoconservadorismo e a Teoria dos Campos de Bourdieu, com ênfase na ideia de conversão de capital. O segundo capítulo elabora o perfil sociopolítico das candidatas, enquanto o terceiro analisa as campanhas das deputadas eleitas, concentrando-se em suas agendas eleitorais e no uso de suas trajetórias profissionais em suas campanhas. Os resultados revelam que todas as deputadas eleitas analisadas usaram suas carreiras na Segurança Pública para construir uma imagem de autoridade e credibilidade. As Deputadas Federais vitoriosas em 2018 fizeram uso mais abrangente do “discurso do medo” e de pautas punitivas, priorizando o combate à criminalidade. Em 2022, as agendas se diversificaram, incorporando temas de direitos das mulheres e de minorias sociais. No entanto, a análise mostra que, embora tenha havido um aumento numérico de mulheres para a Câmara dos Deputados, as agendas dessas deputadas federais nem sempre refletem os interesses femininos, destacando sua adesão à “política de presença” em detrimento da “política de idéias”. |