Incidência de neoplasia intraepitelial de alto grau do trato genital inferior e câncer ginecológico em pacientes imunossuprimidas pós transplante renal no Sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Cabrera, Giovana Abero
Orientador(a): Salcedo, Mila de Moura Behar Pontremoli
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/254375
Resumo: Objetivo: Nosso objetivo é avaliar a incidência de lesão intraepitelial de alto grau do trato genital inferior e câncer ginecológico em pacientes imunossuprimidas após transplante renal. Métodos: Realizamos um estudo longitudinal retrospectivo, com revisão de dados de prontuário de mulheres submetidas a transplante renal no Hospital Irmandade Santa Casa de Porto Alegre (Hospital Santa Casa) no Brasil, entre 2000 e 2015. Foram analisadas características clínicas, dados dos transplantes e desfechos clínicos em mulheres que desenvolveram neoplasia intraepitelial de alto grau (HSIL) do trato genital inferior e/ou câncer ginecológico. Resultados: 398 mulheres foram incluídas no estudo. Destas, 31 mulheres desenvolveram HSIL ou câncer ginecológico, uma incidência de 7,8% (Intervalo de confiança [IC] de 95%, 5,4% a 10,9%), incluindo 26 pacientes com HSIL (6.5%), sendo 14 de colo do útero (3.5%), 11 de vulva (2.7%) e uma de vagina (0.25%), assim como duas pacientes com câncer de endométrio (0.5%) e três com câncer de colo do útero (0.75%). O tempo de seguimento pós-transplante foi de 10 anos (Desvio Padrão [SD]±4,5), e a média de tempo entre o transplante e o diagnóstico de HSIL ou câncer foi de 6,6 anos (SD±5,1). Conclusão: Nosso estudo mostrou uma alta incidência de HSIL do trato genital inferior e câncer de colo do útero e endométrio. Em comparação com a população geral do Brasil (Sistema de Informação do Câncer, SISCAN e Instituto Nacional do Câncer, INCA), nossos resultados mostram um aumento de duas a oito vezes na incidência esperada de displasia de colo do útero, câncer de colo do útero e câncer de endométrio, realçando a importância de rastreio frequente e regular nas mulheres submetidas a transplante renal.