Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Paes Neto, Voltaire Dutra |
Orientador(a): |
Soares, Marina Bento |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/270537
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Resumo: |
Aetossauros compreendem um diverso grupo de arcossauros pseudossúquios quadrúpedes, onívoros e com uma extensa armadura de osteodermas, sendo Aetosauroides scagliai um de seus membros basais mais antigos. É considerado um táxon-chave, pois é recuperado como o único aetossauro não-Stagonolepidae, sendo relacionado às faunas Carnianas-Norianas da Formação Ischigualasto, da Argentina, e da Sequência Candelária (Supersequência Santa Maria), do Brasil. No Brasil ocorrem outras duas espécies na Sequência Candelária: Aetobarbakinoides brasiliensis e Polesinesuchus aurelioi. O objetivo desta tese é ampliar o conhecimento dos aetossauros sul-americanos, com particular interesse na osteologia e ontogenia de A. scagliai. Um estado-da-arte é apresentado para contextualizar alguns aspectos do conhecimento atual sobre a filogenia, a diversidade, a paleoecologia e a ontogenia dos aetossauros. Três artigos científicos foram elaborados e submetidos em períodicos indexados tendo como base espécimes brasileiros. O primeiro artigo apresenta pela primeira vez a região posterior do crânio de A. scagliai, sendo descritas diversas características não conhecidas, incluindo o processo posterior alongado do jugal. Este processo se articula com a face ventral do quadrado-jugal, formando a porção posteroventral do crânio. Diferente do observado anteriormente por outros autores, esta morfologia foi reconhecida como recorrente em todos os outros aetossauros. É também discutida neste artigo a diversidade de estratégias alimentares do grupo. O segundo artigo oferece a primeira descrição da caixa craniana de A. scagliai, possibilitando o reconhecimento de importantes cararcterísticas para a filogenia do grupo, como: a crista lateral do exoccipital, os tubérculos basais são conectados medialmente e a saída das carótidas se dá anterolateralmente no parabasisfenóide. O terceiro artigo descreve detalhadamente o esqueleto axial de A. scagliai, revelando que diversas características das vértebras truncais variam intraespecificamente (e.g., depressões laterais a base do espinho neural, lâminas infradiapofiseais e fossas laterais dos centros). Pequenos indivíduos supostamente juvenis de A. scagliai apresentam estas características menos marcadas que indivíduos maiores e mais maduros, de modo similar à morfologia do holótipo de P. aurelioi, proposto aqui como sinônimo-júnior de A. scagliai. Os resultados dos três artigos em conjunto contribuem para o melhor entendimento da osteologia craniana e axial dos aetossauros e sobre sua a diversidade e relevância ecológica nos ecossistemas continentais durante o Neotriássico. Além disso, foram fornecidas informações que subsidiam uma discussão mais ampla sobre a ontogenia e seu impacto na taxonomia do grupo. |