Prevalência de sarcopenia e fatores associados em mulheres idosas institucionalizadas e não institucionalizadas de Caxias do Sul/RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Zanotti, Joana
Orientador(a): Wender, Maria Celeste Osório
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/213387
Resumo: Introdução: O envelhecimento da população tem aumentado a prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, síndromes geriátricas e modificações no estado nutricional, como redução da massa muscular e força ao longo das décadas, fazendo com que haja comprometimento na realização de atividades de vida diária dos idosos. A partir destas alterações, a sarcopenia é um termo que deve ser investigado em geriatria, sendo definida como a redução da força muscular, associado à redução da massa muscular esquelética e/ou rendimento físico, ocorrida com o envelhecimento. Com desfechos adversos à saúde e à qualidade de vida, como incapacidade funcional, fragilidade, redução da qualidade de vida e morte prematura, a sarcopenia pode ser considerada um problema de saúde pública devido à suas implicações sociais como solidão e necessidade de cuidados. Comparando estudos brasileiros com internacionais, a prevalência é bastante variável, sendo de 8,7% no México, 13,9% no Brasil, até 36,5% nos Estados Unidos, em idosos da comunidade e mais elevada em idosos institucionalizados, variando de 17,7% no Egito até 45,2% no Japão. Objetivo: O objetivo do presente trabalho é avaliar a prevalência de sarcopenia e os fatores associados comparando idosos residentes na comunidade com idosos institucionalizados. Métodos: Estudo transversal observacional com idosas (idade ≥60 anos), residentes em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) e na comunidade, todas de uma mesma região do RS. Foram avaliados dados sociodemográficos, antropométricos, nível de atividade física e de qualidade de vida. A sarcopenia foi definida conforme os critérios do European Working Group on Sarcopenia in Older People (EWGSOP) que inclui três componentes: baixa massa muscular esquelética, baixa força muscular e/ou baixa performance física. Resultados: Participaram da pesquisa 423 idosas, 212 da comunidade e 211 institucionalizadas, com idade média 71,22 e 79,93 anos (p≤0,0001), respectivamente. A prevalência geral de sarcopenia foi 16,3% (n=69), sendo 7,5%(n=16) na comunidade e 25,1% (n=53) nas institucionalizadas. Das idosas com idade ≥ 80 anos, 16,1% das da comunidade (p=0,010) e 35,0% das ILPI (p<0,001) eram sarcopênicas. Além disso, das idosas com baixo peso, 53,8% das da comunidade (p<0,001) e 70,0% das ILPI (p<0,001) foram diagnosticadas com sarcopenia. Neste estudo, a sarcopenia foi relacionada com maior idade e baixo Índice de Massa Corporal (IMC). Conclusão: Observou-se maior prevalência de sarcopenia em idosas institucionalizadas, com maior idade e menor IMC, sendo que o domicílio não foi um fator independente para a sarcopenia.