Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Brose, Mariana de Mattos |
Orientador(a): |
Ferreira, Márcio Poletto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/247577
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Resumo: |
Introdução: A doença renal é muito frequente em animais, principalmente nos felinos domésticos, e o diagnóstico geralmente é realizado pelo exame clínico, testes bioquímicos e de imagem, sendo a radiografia e ultrassonografia os mais disponíveis na prática veterinária. Porém, o diagnóstico da doença renal muitas vezes é tardio porque a doença pode não apresentar sinais clínicos evidentes e os exames bioquímicos detectam as alterações já no estágio avançado. A cintilografia renal possui algumas vantagens em relação aos métodos diagnósticos rotineiramente utilizados na avaliação dos rins dos felinos domésticos, pois além de gerar diversas informações funcionais, permite de maneira não invasiva, indicar o valor da taxa de filtração glomerular, estabelecida como o padrão ouro no diagnóstico da doença renal crônica. Objetivo: Analisar a aplicabilidade e eficiência de dois protocolos de cintilografia renal no diagnóstico precoce da doença renal em felinos domésticos. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, com felinos domésticos oriundos da rotina de um Hospital Veterinário Universitário, de ambos os sexos e faixa etária ampla. Para seleção da amostra foram realiados exame clínico, exames de imagem (radiografia e ultrassonografia abdominais), e análise bioquímica de creatinina. Os animais foram então submetidos a exames de cintilografia renal dinâmica com 99mTc-DTPA e cintilografia renal estática com 99mTc-DMSA e distribuídos em três grupos para as análises: animais saudáveis, animais com alteração nos exames de imagem e animas com creatinina sérica acima de 1,6 mg/dL. Resultados: Foram incluídos no estudo 43 animais, sendo 58,1% fêmeas e 41,9% machos, com idade média de 4,8 anos, peso médio de 3,77 kg e altura média de 67,16 cm. O principal parâmetro avaliado na cintilografia renal dinâmica com 99mTc-DTPA foi a taxa de filtração glomerular, a mesma divergiu entre os grupos saudável e com creatinina acima de 1,6 mg/dL e, portanto, pontos de corte para avaliar a sensibilidade e especificidade do teste foram estabelecidos. Na cintilografia renal estática com 99mTc-DMSA o principal parâmetro avaliado foi a função renal absoluta e apesar dos valores das médias divergirem entre os grupos, não foi possível estabelecer os valores de referência para afirmar com precisão a divisão entre animais saudáveis e doentes. Para comparar os dois exames, uma correlação entre os valores de função renal relativa foi realizada e mostrou-se forte, r=0,78. Conclusões: A realização de exames de cintilografia renal na rotina clínica tornou-se possível através desse estudo. Os dois exames apresentaram elementos distintos e complementares, tornando a comparação difícil entre eles, porém a cintilografia renal dinâmica, mostrou-se mais eficaz na diferenciação entre animais saudáveis e com algum grau de doença renal, antes mesmo de surgirem alterações nos exames complementares utilizados em nossa metodologia. |