Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Baumont, Angélica Cerveira de |
Orientador(a): |
Manfro, Gisele Gus |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/196646
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Resumo: |
Os transtornos de ansiedade (TAs) são considerados o maior grupo de transtornos mentais incapacitantes, com início durante a infância, adolescência ou começo da idade adulta. Se não tratados, os TAs tendem a ser crônicos com curso flutuante, associados à coocorrência de depressão e várias outras condições. Novos estudos vem sendo desenvolvidos para avaliar marcadores biológicos (biomarcadores) com alto valor preditivo, para melhor compreensão do desenvolvimento dos TAs. Nesse sentido, a inflamação e componentes do sistema imune – incluindo citocinas pró e antiinflamatórias, o stress oxidativo, o encurtamento do comprimento dos telômeros e a aceleração da idade epigenética a partir de perfis de metilação de citosina fosfato guaninas (CpGs) no DNA poderiam ser considerados potenciais biomarcadores para estudos em TAs. O objetivo desse estudo foi avaliar a associação entre esses plausíveis biomarcadores e TAs ao longo do tempo. Primeiro, estudamos um possível papel dos TAs na predição dos níveis séricos de interleucina-10 (IL- 10), interleucina-6 (IL-6), interleucina-1β (IL-1β), fator de necrose tumoral-α (TNF- α), fator neurotrófico derivado do encéfalo (BDNF) e conteúdo proteico de carbonila (PCC), avaliados em uma população de adolescentes oriundos de uma amostra comunitária após 5 anos de seguimento. Então, investigamos o comprimento dos telômeros (CT) e a idade de metilação do DNA (idade de DNAm) em TAs no início do estudo e após 5 anos, comparando as diferentes trajetórias de TAs. Nós demonstramos uma associação direta significativa entre a presença de TAs no início do estudo e o log IL-6 (B = 0,34, SE = 0,11, p = 0,002) e o log BDNF (B = -0,10, EP = 0,05, p = 0,033) cinco anos mais tarde, sugerindo que o diagnóstico prévio de TA previu níveis mais altos de IL-6 e menores níveis de BDNF no seguimento. Por outro lado, não encontramos diferenças significativas entre as trajetórias dos TAs em relação à aceleração da idade epigenética. Em relação ao CT, os ansiosos crônicos não reduziram significativamente seus telômeros. Além disso, não houve correlação significativa entre a CT e idade de DNAm. Esses achados apontam para IL-6 e BDNF como potenciais biomarcadores para os TAs, destacando que fenômenos inflamatórios pode ocorrer no contexto de transtornos psiquiátricos na infância e adolescência, enquanto sugerem que os marcadores de envelhecimento celular no âmbito dos TAs poderiam não ser biomarcadores muito promissores nessa faixa etária. Novos estudos poderiam avaliar melhor essas associações em indivíduos jovens, a fim de buscar marcadores efetivos que auxiliem no diagnóstico, prognóstico e compreensão do desenvolvimento e trajetórias dos TAs. |