Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Ramos, Francimar Ferrari |
Orientador(a): |
Dias, Alexandre Simões |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/230631
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Resumo: |
Introdução: A falha na extubação é relatada em até 30% dos casos, o que está diretamente ligado a inúmeras complicações, incluindo o aumento na taxa de morbidade e mortalidade, tempo de internamento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e hospitalar e tempo prolongado de ventilação. Já é sabido que o diafragma, além da sua função respiração, também possui função relacionada com a estabilidade postural. A autonomia para sedestação, além de ser um importante atributo de funcionalidade, demonstra relação direta com a boa função pulmonar e função da musculatura ventilatória. OBJETIVO: Analisar o teste de controle de tronco (TCT) como ferramenta para predizer o sucesso da extubação em pacientes ventilados mecanicamente e verificar a associação entre a habilidade para controlar o tronco com a função muscular respiratória e periférica e a mortalidade. Metodologia: Análise de coorte retrospectiva de dados de pacientes em uma unidade de terapia intensiva (UTI) num hospital privado no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2017. Foram incluídos pacientes expostos a extubação planejada que tivessem capacidade de controlar o tronco e analisadas a pressão inspiratória máxima (MIP), o escore força muscular periférica (MRC) para análise da FMA-UTI, além dos registros do tempo de exposição a VM, estadia na UTI e hospitalar e mortalidade. Resultados: Da população analisada, 258 pacientes foram submetidos a extubação planejada com teste de controle de tronco. Destes, 64,3% tiveram aprovação no TCT e 30% apresentaram FMA-UTI. aprovação no TCT foi associada a menor taxa de falha na extubação, (7,2 vs 50% p<0,001). Numa analise multivariada, a habilidade para controlar o tronco foi associada com o aumento de 56% de chance de sucesso na extubação. A aprovação no TCT foi associada com maiores valores de MIP (62,5 vs 44,9 p<0,001) e MRC (49,8 vs 23,5 p<0,001) e a ocorrência de falha no TCT aumentou com gravidade da FMA-UTI. A falha no TCT foi independentemente associada ao maior tempo de VM e internamento na UTI e o risco de mortalidade hospitalar aumentou 2 vezes na ocorrência de MIP < 36 cmH20 e 5,3 vezes em pacientes com MRC < 48. Conclusão: Aprovados no TCT, apresentaram menor taxa de falha na extubação e a aprovação no teste foi associada com o aumento de chance de sucesso na extubação. A inabilidade para controlar tronco aumentou com a gravidade da fraqueza muscular periférica e foi independentemente associada ao maior tempo de VM e estadia na UTI. A fraqueza dos músculos inspiratórios e periféricos foi associada a maior taxa de mortalidade. |