Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Melchiades, Gabriela de Lima |
Orientador(a): |
Koester, Leticia Scherer |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/201170
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Resumo: |
Introdução: O Kaempferol (KPF) é um flavonoide com uma ampla gama de propriedades farmacológicas que se mostra um candidato a fármaco promissor com vistas à administração oral, a despeito de suas reduzidas solubilidade aquosa e biodisponibilidade. Para o desenvolvimento de formas farmacêuticas sólidas orais é recomendável realizar um estudo de pré-formulação para a obtenção de um produto final adequado. Neste sentido, o estudo de compatibilidade entre fármaco e excipientes é de grande relevância, assim como o uso de estratégias farmacêuticas a fim de incrementar a hidrossolubilidade do KPF, como a complexação com ciclodextrinas. Objetivo: Avaliar, pela primeira vez, a compatibilidade do KPF com alguns dos excipientes mais utilizados em formas farmacêuticas sólidas e avaliar o aumento da dissolução do KPF através de sua complexação com ciclodextrina. Materiais e Métodos: Para o estudo de compatibilidade foram utilizadas as técnicas de calorimetria exploratória diferencial (DSC), termogravimetria (TGA), espectroscopia de infravermelho por transformada de fourier (FTIR) com suporte de duas técnicas multivariadas: análise hierárquica de agrupamento (HCA) e análise de componentes principais (PCA), bem como ensaios quantitativos por HPLC após testes de estresse isotérmico (IST). Os estudos foram desenvolvidos com misturas binárias de KPF:excipientes na proporção 1:1 (p/p). Diagramas de solubilidade foram preparados a fim de avaliar a solubilidade aquosa do KPF com β-ciclodextrina (βCD) e hidroxipropil-β-ciclodextrina (HPβCD) em diferentes tempos de análise e, posteriormente, complexos com KPF/βCD e KPF/HPβCD foram preparados pela técnica de liofilização e caracterizados por métodos espectroscópicos, calorimétrico e microscópico. Resultados e Discussão: a partir dos resultados calorimétricos, verificou-se interações do KPF com todos os excipientes, com exceção da celulose microcristalina. Por outro lado, nenhuma incompatibilidade foi observada quando FTIR combinado com análise multivariada foi empregada. Da mesma forma, nenhuma incompatibilidade foi confirmada após análise por IST. A análise dos diagramas de solubilidade do KPF com as ciclodextrinas revelou um aumento da concentração de KPF solubilizada em meio aquoso, assim como a geração de soluções supersaturadas e o efeito parachute. Entretanto, os teores de KPF no complexo sólidos foram reduzidos e a forma de complexação não pôde ser completamente elucidada. Conclusões: Embora os resultados da análise térmica sugerissem interação física do KPF e dos excipientes analisados, exceto pela celulose microcristalina, isso não significa necessariamente uma incompatibilidade. Com base nos resultados do FTIR e nos dados obtidos das análises de PCA, HCA e IST, foi excluída a possibilidade de incompatibilidade KPF – excipientes, demonstrando a importância do uso combinado de técnicas neste tipo de investigação. As soluções supersaturadas geradas com as ciclodextrinas disponibilizaram altas concentrações de KPF solubilizadas em meio aquoso em pouco tempo de experimento, sugerindo a necessidade de uma maior investigação com vistas a elucidar o mecanismo de complexação o potencial das ciclodextrinas em aumentar a dissolução e biodisponibilidade do KPF. |