Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Giacomolli, Diorgi |
Orientador(a): |
Zanini, Claudio Vescia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/258462
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Resumo: |
O romance Carrie, do escritor americano Stephen King, publicado em 1974, oferece o retrato de uma pequena família disfuncional em que os ensinamentos da mãe, Margaret White, uma fundamentalista religiosa, resultam em uma filha despreparada para conviver em harmonia em sociedade. O presente estudo apresenta uma leitura dividida em três capítulos que visa mostrar, sob a luz da filosofia e da psicanálise, a transformação sofrida por Carrie White que, pela forma que foi criada, acaba virando alvo da sociedade, e como reação a tal perseguição, gradualmente deixa de ser alvo do mal para tornar-se perpetradora dele. O primeiro capítulo enfoca o fato de que o romance foi publicado em uma fase de significativas mudanças nas áreas política, científica e tecnológica nos EUA, com medos e ansiedades que se mantiveram atuais desde então, e estão presentes no romance através de uma narrativa de horror que apresenta elementos sobrenaturais e mórbidos capazes de simultaneamente gerar repulsa e atração. Adaptada mais de uma vez para o cinema, a obra é bastante popular, e a sua temática continua a ser relevante também por tratar do problema do bullying, um assunto vastamente conhecido pelas sociedades atuais. O segundo capítulo apresenta um breve recorte histórico de ideias de diversos filósofos e psicanalistas – com destaque para as teorias de John Kekes (2005) e Philip Zimbardo (2007) – que de alguma forma contribuem para corroborar a principal hipótese de trabalho aqui, qual seja, a de que o mal é passado adiante por meio de três modos básicos: a) o mal doutrinante, que pode ser ensinado e assimilado como se fosse o bem, b) o mal congênito, que se manifesta como uma predisposição adquirida através dos genes, e c) o mal traumático, que se dá através de uma série de ações violentas até que a pessoa acaba por reproduzir o mal sofrido, e começa a passa-lo adiante para outras pessoas. No terceiro capítulo se encontra a análise da maneira em que Carrie White se relaciona com os demais personagens do romance, sob a perspectiva de que ela sofre ações malignas até o ponto em que ela passa a ser perpetradora de ações semelhantes. As considerações finais ratificam a ideia de que, embora tenha potencial para ser uma heroína, a personagem Carrie White se transforma em vilã por ter sido vítima de um mal extremo, se configurando assim como um modelo de mal traumático. |