Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Kuhn, Lidia Aumond |
Orientador(a): |
Souza, Paulo Alves de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/250715
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Resumo: |
Mudanças no nível do mar durante o Quaternário desempenharam um papel importante na morfologia e vegetação de áreas costeiras no sul do Brasil. Compreender a evolução natural dessas áreas é essencial para a tomada de decisões sobre a regulamentação do uso do solo visando o desenvolvimento sustentável, bem como para preservação dos ecossistemas costeiros. Esta tese apresenta dados palinológicos, sedimentológicos e isotópicos estáveis de testemunho sedimentar da planície costeira da praia do Pântano do Sul, no sul da Ilha de Santa Catarina (SC, Brasil). Quatro fases ambientais foram definidas a partir de 6.500 anos AP até o recente. A primeira fase corresponde a um ambiente lagunar conectado com o mar entre 6.503 a 2.817 anos AP. Associações de cistos dinoflagelados sugerem que a entrada de água marinha se originou nas águas relativamente quentes e salinas da Corrente do Brasil. Durante a segunda fase (2.817 anos AP – 1.478 anos AP), a contribuição da água do mar diminuiu até que o corpo de água foi desconectado do mar. A superfície que marca a passagem da primeira para a segunda fase é cronologicamente coincidente com paleosuperfícies semelhantes de estudos anteriores na planície costeira central de Santa Catarina. A terceira fase (1.478 a 524 anos AP) é marcada pela diminuição do nível da água e sedimentação da lagoa até seu secamento. A formação dos solos levou à colonização de vegetação herbácea sobre a paleolagoa. A superfície que marca a transição da segunda para a terceira fase possui altitude semelhante às identificadas em outros estudos na planície costeira central de Santa Catarina. Na quarta fase, a consolidação de uma restinga arbórea (Mata Atlântica) ocorreu a partir de 524 anos AP até os dias atuais. Dois métodos de processamento palinológico foram usados para amostras da fase marinha para comparar recuperações de cistos de dinoflagelados e interpretações ambientais. Este estudo mostra que evitar métodos agressivos de processamento químico em amostras de ambientes com influência marinha fornece mais informações sobre as paleocondições do mar. Além disso, a altimetria de alta resolução em combinação com idades radiocarbônicas é fundamental para correlacionar paleosuperfícies em estudos palinológicos para compreender mudanças ambientais regionais. Por fim, este estudo mostra que a morfologia e evolução da vegetação da planície costeira da Ilha de Santa Catarina foram amplamente influenciadas pelas mudanças do nível do mar durante o Holoceno. |